Quando fala-se de mitologia grega, convenhamos que logo pensamos nos deuses, nas ninfas, nos monstros e principalmente nos semideuses, e bem... Essa história é sobre um deles e como esse semideus, ou melhor, semideusa, sofreu com as ações dos deuses. Mais que qualquer outro que consta nas histórias. Tudo deu-se inicio no momento em que em um dos continentes humanos, uma mulher, de beleza inigualável entre todas as outras, atraiu os olhares de três grandes deuses do Olimpo, fazendo então, eles travarem uma batalha entre si para verem quem ganhava o coração daquela bela criatura.
Apolo, a grande divindade solar. Para tentar conquistar a mortal, a prometeu os primeiros e os últimos raios de sol, a convencendo que por meio deles ele demonstrava o tamanho do seu amor por ela. Um amor que nem mesmo ele, poderia calcular sua imensidão.
Poseidon, o grande deus dos mares. Prometeu que a cada grão de areia molhado pelas ondas do mar, seria um beijo em sua amada. Mostrando-a que seu amor por ela era constante e que nada o faria imutável, e sim, que só aumentaria cada vez mais, tornando-o avassalador, assim como são as ondas de seus domínios.
Zeus, o pai de todos os deuses e homens, a divindade suprema do Olimpo. Disse-lhe que a quantidade de estrelas presentes no céu, era o tamanho de seu amor por ela. E mesmo elas sumindo durante o dia, ela saberia que logo elas apareceriam e que todos os dias irão estar lá. Assim como ele.
Por tanto, apenas um deles ganhou o coração da mortal. Logo despertando a ira de um deles...
Poseidon revoltado com Zeus por ter lhe tirado a mulher que ele amava, separou a mãe da bebê recém-nascida, lançando uma maldição em sua amada, para que suas memórias se dissipassem como as ondas quando batem na areia. Por fim, o grande deus dos mares, retorna para Atlântida com a filha de seu irmão em seus braços e a assume como sua. A tornando uma criatura marinha, que adéqua-se ao ambiente aquático.
Apolo, por sua vez, com pena de sua amada, a permite reconhecer sua filha quando a mesma estiver em sua frente. Já para a criança, ele concede a graça de não ser eternamente metade peixe, assim, enquanto ela estiver fora da água e o sol brilhar pela manhã — até o ultimo instante —, ela terá pernas e morará em terra firme, todavia, Poseidon só concordou com o feito, se sua pequena morasse na Ilha de Netuno. Uma ilha, a qual, ficava longe de qualquer contato humano, apenas ligada com os seres aquáticos e que a pequena Alayse deveria usar sua voz, todas as vezes que a lua estiver cheia, para afundar embarcações, junto com as sereias genuínas, para alimentar o Oceano e suas companheiras de canto.

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O Canto das Sereias
FantasyO canto, que minha voz derrama, entoa um peregrino, a fazer-se digno entre vós também de fama. E ao escutar uma bela voz, quando estiver velejando em alto mar, apenas a ignore, ela pode te levar ao fim mais macabro que pode-se imaginar...