Nada Mudou

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*Atenção*
Esse poema trata-se de suicídio e contém detalhes explícitos

*Atenção*Esse poema trata-se de suicídio e contém detalhes explícitos

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Ana sorria calmamente,
Sempre simpática
Quase sempre.
Levava um sorriso no rosto
Sempre gentil,
Sempre amigável,
O bom humor era notável
Quem imaginaria que debaixo de tudo isso,
Ana era completamente instável.
Quem vê cara não vê coração
Quem repara por fora, não enxerga emoção
Tristeza, solidão.
Falta de vontade de viver,
Sem voz pra dizer.
Quieta por fora,
Gritando por dentro
Berrando
Ninguém nota, eu invento.
O olhar desesperado,
Mas quem olharia isso
Se seu sorriso era estampado
A dor e sofrimento
Cada vez pior
Guardar para si mesma era um tormento,
Então, ela acabou com aquilo
Desistiu de tentar
Pra que insistir
Quando ninguém vai ligar?
A casa caiu,
E Ana foi junto,
E em seu quarto, ela se torturou
Um corte de cada vez,
Mas nada mudou
Ela parou de sorrir
Ninguém notou
"Está tudo bem",
Foi o que ela falou
Quem sentiria sua falta?
Ninguém nem reparou
E para seu quarto ela voltou
"Só mais uma vez"
Ela pensou
E mais uma vez,
O braço ela cortou
Era só um corte
Nada mudou
Mas dessa vez foi diferente
Ana a lâmina apertou
Quando percebeu
A veia estourou
Sangue para todo lado,
Sofrimento e alívio
Junto e misturado
E por fim,
Um silêncio perturbador

Mas dessa vez, tudo mudou

A Cada Poema Um Motivo, A Cada Motivo Um PoemaOnde histórias criam vida. Descubra agora