inesquecível

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Os rostos sem vida estão petrificados de pavor. Os olhos estão vazios. Encarando o nada.
  Aperto a têmpora latejante com a palma da mão.
Minha cabeça parece feita de pedra.
Tudo é beje e pesado e visto através de uma lente suja.
Fecho bem os olhos.
    Uma hora depois,as vozes surgem. Após a noite cair ouço-as  cortando a escuridão. levam uma eternidade para chegar a min. Uma luz rompe a névoa densa e me ofusca.
Ninguém fala enquanto sou tirada da água.
Ninguém precisa falar. Está claro, pela expressão deles, que não esperavam me encontrar
     Eles não esperavam encontrar ninguém
     Isto é,ninguém vivo
     Estou enrolada em um cobertor azul e grosso,deitada numa superfície de madeira dura é quando começam as perguntas
Perguntas que fazem meu cérebro doer

-qual seu nome?-a moça ao lado pergunta

Bem eu queria saber

-sabe onde esta?

Olho para o alto e nada encontro além de um mar de estrelas imprestáveis

-voce se lembra de embarcar no avião?-perguntou

Meu cérebro se contorce de agonia, levando a testa a latejar mais uma vez

Avião. Avião. O que é uma avião?

  E então vem a pergunta que desespera algo bem fundo em mim acende uma faísca mínima e distante em algum lugar nos cantos remotos da minha mente

-sabe que ano estamos?-a moça perguntou

Pisco, sentindo uma centelha de esperança na boca do estômago.

-mil seiscentos e nove -sussurro com uma convicção infundada. E então desmaio

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Desculpem por ser demorado para ter postado mais aí esta

257 palavras

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