Capítulo 2 💔 Pai

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Deitada na cama do meu pai me perguntava como que ia ser da minha vida , como que ia ser de mim ? Chorei muito, eu estava deitada nas roupas dele , com uma foto minha e dele nas mãos, não ia consegui ir no velório, mais meu pai sempre quis ser cremado e as cinzas ser jogada no lugar mais alto do Morro ele dizia que ia cuidar do Morro e de mim .

Não acredito que falei que vou cuidar do Morro, não quero cuidar daqui não quero sujar minhas mãos pra matar era pra mim sujar pra salvar vida e não para matar,  as vezes a vida brinca com você, meu coração  está doendo me levantei da cama e peguei uma garrafa de bebida virei com tudo e sentir descer ardendo balancei minha cabeça e sentei na chão.

Depois de beber 3 garrafas decidir descer  no escritório T , peguei a chave da moto e mundei não peguei nem capacete,  sai correndo feito maluca o vento batendo no rosto me deixava mais livre , cheguei no beco e vir já uns caras na frente parei a mota e eles me olhavam com safadeza , descir da mota e encarei três caras que estava vindo na minha direção.

- Pode ficar aqui não vagabunda - me encarou - vai procurar homens em outro lugar pra comer essa sua buceta  - me empurrou.

- Você pensa que é quem ?! - apontei a mão na cara dele .

- A vagabunda ! Ninguém aponta o dedo pra mim não!  - Tirou a arma e apontou pra mim , vir atrás o Ricardo vindo correndo.

- Iaae Alerquina - entrou do lado do cara , olhei pro mesmo que ficou branco como uma folha .

- Me entrega essa arma - encarei o cara , ele ficou parado - anda cuzão !

- Entrega magrelo - Ricardo falou , o tal de magrelo entregou a arma pra mim .

- Não patroa não quis ofender a senhora,  pensei que era alguma vadia - falou tremendo , apontei a arma pra ele.

- E se eu fosse vadia ? O problema ia ser meu - Apontei na cabeça e atirei , encarei os dois caras - tira esse corpo daqui , vem Ricardo.

- Não acredito que você atirou - falou pegando a arma da minha mão.

- Preciso treinar Ricardo -  sentei na onde meu pai sentava e sentir o perfume dele - vai me ajudar?

- Claro alerquina - se sentou e me olhou - posso sentar ne ?

- Claro Ricardo você é meu melhor amigo - sorrir .

- Agora você é a patroa tenho que respeitar você - se levantou e ficou em pé como soldado - Posso ainda chamar você de Alerquina?

- Para Ricardo - me levantei e o abracei - só tenho a sua família agora - sentir ele passar a mão no meu cabelo e se afastou de mim - e sobre a Alerquina - andei pela sala e virei pra ele e sorrir - agora eu sou a Alerquina - fiz um A na folha e mostrei pra ele .

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Subir o Morro de moto com uma caixinha  onde as cinzas do meu pai estava , me sentei e fiquei olhando o sol , hj faz 2 dias que ele morreu olhei pra cima e sentir que meu mundo estava desabando sentir que tudo que eu tinha antes não vou ter mais , e doí só de pensar nisso , eu matei um homem , eu estava bêbada não sabia o que estava fazendo , não vou me arrepender ele me xingou falou coisas absurdas eu achava que as pessoas já sabia que eu era a famosa Alerquina o apelido que Ricardo me chamava que até meu pai começo a me chamar , coloquei a caixinha no meu colo e sentir uma dor enorme no meu coração.

- Olá papai - pausa - agora você está indo morar com a mamãe... você podia aguentar mais um pouco o médico estava chegando,  o senhor é tão forte e agora... estou aqui sozinha sem ninguém do meu próprio sangue - olhei pro céu - me desculpa papai , me desculpa por talvez não ser a filha dos seus sonhos a que pega uma arma e saí a luta em um confronto do Morro... não queria cuidar do Morro o senhor sabia , tirei a vida de um cara , o senhor ia ficar orgulhoso - pausa - eu te amo pai - me levantei peguei a caixinha - Tudo que nasce, morre , tudo que vem, se vai , hoje morreu um sonho que ele descanse em paz , que papai do céu leve você pra luz - comecei a jogar as cinzas de cima do Morro - O meu amor nunca vai acabar meu herói e vou ser seu orgulho - olhei o sol indo embora e as cinzas todas indo com o vento,  fechei a caixinha e respirei - Bem vinda Alerquina - me virei pra frente - e tchau Ayla .

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