Cap. 4

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-- Cristina. Estou indo almoçar, você já pode ir também.-- Cristopher diz saindo.

-- Ta bom. - Mas eu não trouxe dinheiro para restaurante, penso comigo mesma.

Acho que vou comprar um cachorro quente na lanchonete aqui perto da empresa . Levanto e sigo para o local, o lugar é pequeno mas esta lotado, sinto olhares sobre mim me fazendo ficar desconfortável peço meu lanche e volto para a Ferraz Modas. Entro no elevador que por sinal está vazio, aproveito e me olho no espelho mas não há nada de errado comigo . O elevador abre e eu saio no automático sem me dar conta bato com tudo em um brutamonte, sujando a camisa banca dele de cachorro quente.

--Me desculpe -- digo sem saber de quem se trata.

-- Garota o que está fazendo aqui ? Além de estátua é tapada e cega. --diz em tom de grosseria. Então reconheço quem é, tinha que ser o tonto do homem da loja de jornal.

-- Ah tá! - digo com a mão na cintura - você que vive se esbarrando em mim e eu sou a cega ? Estúpido,grosso.

--Eu te fiz uma pergunta senhorita - seu rosto está vermelho de raiva.

--Fez ? Pois ela não me interessa.- enfatizo as últimas palavras.
Ele segura o meu pulso com força . Graças ao bom Deus ninguém está vendo isso.

--Me responde.

--Me solta você está me machucando. - digo quase chorando.

O celular dele toca então ele me solta para atender mas antes me fuzila com um olhar.
O brutamonte estava com uma roupa que o deixa lindo os cabelos penteados de uma forma perfeita,sem falar do  perfume inebriante.

Volto para minha mesa sem lanche. Meu estômago estava roncando.

-- Oi Cristina.- a recepcionista me salda.

-- Oi. Qual é seu nome?

-- Joana. Por que essa cara - pergunta se acomodando na cadeira em frente a minha mesa.
Joana tem os cabelos lisos e escuros igual ao da Fernanda porém a pele dela é mais bronzeada.

--Estou sem almoço e café da manhã.-- digo triste.

--Sem problemas eu trouxe lanche para duas.-ela diz alegre me puxando para a cozinha.
O lugar é pequeno  mas confortável. Há um balcão ,utensílios domésticos fogão,geladeira,pia e um armário, tudo pequeno nada exagerado.

-- Aqui -- ela me entrega um lanche que parece delicioso.--Já conheceu o chefe?

--Não eu não quero, deve ser um velho-- gargalho com o que  disse e ela também ri.

--E nem vai querer conhece-lo, não hoje. Ele voltou antes do previsto por causa de problemas pessoais e esta uma pilha de nervos. Ah e não, ele não é velho é perfeito, um excesso de beleza - Joana fala mordendo o lanche.

- A quanto tempo trabalha aqui ?

-Dois anos.

-hum. Deu minha hora de voltar. Obrigado pela comida.

-por nada.--ela sorri.

Caminho para minha mesa.
Passo a tarde revisando documentos.
Termino meu expediente, pego minha bolsa e quando vou entrar no elevador alguém me chama

--Cristina.-É o Chistopher quem está  gritando.

-- algum problema? -- pergunto.

--Quer uma carona? -ele pergunta sorrindo

-- Não obrigada eu vou de ônibus.-- digo desajeitada.

--Eu te levo.

--Não precisa.-- Nego seu pedido entrando no elevador.

Por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora