capítulo 4

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Eu fui pro meu lugar preferido da praia, bom eu tentei mas estava cheio de adolescentes, se beijando, bebendo, fazendo idiotices, vai entender então fui pra um lugar meio afastado, e me sentei, pertinho do mar, fiquei olhando a intensidade das ondas e pensando, como algo podia ser tão maravilhoso, senti vontade de ser uma sereia, qual é? Quem nunca teve o sonho de respirar de baixo d'água, me imaginei descubrindo o mar, afinal a gente não conhece o oceano inteiro vai ver existe mais coisas lá do que pensamos, vai ver sabemos menos do que achamos saber, fui tirada de meus devaneios por um menino, muito bonito por sinal

XXX --Antonela você por aqui? Pensei que ficaria longe da praia por um tempo depois de hoje -falou sentando do meu lado- você tá bem?

A então era o Matheus, tenho que admitir Matheus é muito bonito, mas tem cara de menino galinha, eu não o conheço muito bem, então não vou tirar conclusões precipitadas, Matheus é alto, o físico bem bonito, não tão magro, não tão gordo e não tão definido, digamos na maneira certa, cabelos escuros, pele bronzeada, olhos castanhos claro, bem clarinho mesmo, é tão bonito, os olhos do Matheus são bem bonitos.

Antonela --Oii Matheus, sim eu por aqui, não que eu goste de festa e nem nada do tipo, mas minha prima meio que me obrigou a vim pra cá, deixar de vir na praia? Jamais, ficar um tempo só de olho no mar? Talvez, eu estou bem e você?

Matheus --Por que? Como? Como você não gosta de festas, são bem divertidas, olha é legal prestar atenção nas pessoas, vê só aquele casal ali, brigando provavelmente por ciúme, olha a cara de arrependimento do garoto e o olhar triste e decepcionado da menina -falou apontando pra um casal- olha lá aquele menino lá no cantinho, está bebendo só pra impressionar os amigos, mas na verdade ele deve estar morrendo de medo, de ser pego ou algo do tipo -disse apontando pra um menino, que realmente aparentava medo.

Antonela --Agora a festa não parece tão chata como antes -ele abriu um sorriso simpático que eu retribui- mesmo assim a idéia de beber, de estar em um lugar que aonde você passa tem pessoas bêbadas, outras vomitando, outras se comendo em qualquer lugar, sabe eu gosto mais de, uma roda de amigos com fogueira, alguém tocando violão, outro canta, jogam um jogo, trocam piadas sobre a vida, é clichê? Bem clichê e eu não costumo concordar com o clichê mas vai ver, as pessoas "veneram" tanto o clichê, porque no fundo ele é bom, afinal se não fosse bom, as pessoas não iriam gostar, não sei eu sou meio doida -falei e logo depois dei um sorriso amarelo.

Matheus --Acho que você é bem inteligente na verdade, ei quem te disse que pra se divertir tem que ter bebida? O que te faz pensar que as pessoas não estão fazendo o "clichê" que você tanto gosta -falou apontando pra um grupo que estava em roda, com uma fogueira acesa, rindo, e se divertindo, confeso que me surpreendi -Olha acho que você viveu errado esses anos de festa, você vai ter as melhores experiências com festas esses ano, confia em mim, esse ano você vai ter o Matheus aqui, não é querendo me gabar claro, mas de festa eu entendo, não me veja como um festeiro por favor rsrs -disse rindo -Vem comigo- falou puxando a minha mão.

Saiu me levando e eu só me lembro do Matheus perguntando se eu queria algo pra beber, alguma coisa sem álcool, ele disse que achava pra mim, me lembro de algum menino chegando e falando comigo e do Matheus dar uma bela surra nele, acordei no quarto da minha prima com uma dor de cabeça terrível, olhei pro lado e não vi nem sinal da Lia, vi que tinha um bilhetinho na escrivaninha, tinha um copo d'água e um remédio, provavelmente dipirona, no bilhete dizia "Antonela, ô nome complicado, eu quero um apelido, olha dona clichê é legal, acho que você deve estar morrendo de dor de cabeça agora, risos, olha toma o remédio, pra quem disse que não gostava de festas e nem bebidas você tava bem animadinha. Esse é meu número, e meu e-mail, depois me liga ou alguma coisa assim, vamos sair mais vezes
Beijo Matheus."
Afinal o que aconteceu ontem? Minha cabeça está cheia de pontos de interrogação, Deus

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