Capítulo 2 - Primo Distante

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Se eu estou assustada? Não, imagina! Nem um pouco. O fato de aqueles braços fortes familiares desconhecidos terem me segurado pela cintura, e depois sumido não me assustou nem um pouco. E sim, estou sendo irônica.

-Suzannah! O que você ainda está fazendo aí? Amiga, são 22h30, sua mãe vai apenas te matar! -

Era Courtney. Ela não o viu.

-To saindo! -

Posso jurar que senti meu pentagrama se mexer em meu pescoço.

-Suze? Você ta estranha, aconteceu alguma coisa? -

Já basta todas minhas "neuras" por causa de meus sonhos que conto para Courtney. Se eu a contasse que um estranho um tanto familiar tinha me impedido de cair, e depois sumido misteriosamente, ela me internaria.

-Ta tudo bem, vamos embora! -

Sai de lá o mais rápido possível, sendo seguida por Courtney. Assim que pisei fora daquela casa, era como se eu me sentisse viva novamente, voltando a respirar normal. Como eu tinha dito antes, aquele lugar não me queria dentro dele.

-Demoraram pra sair, hein! Deixaram-me aqui sozinho passando frio! - Era Wes, por um momento eu tinha até esquecido com quem eu tava, o que eu tava fazendo. Vamos lá Suzzanah, orientação mental: hoje é sexta, conhecida como dia de invasão, na qual, invadimos lugares sombrios e abandonados. Hoje estamos num Mausoléu, e nele coisas estranhas aconteceram. Será que existe um sinônimo mais forte pra estranho?

-Suze ficou por la paquerando com algum dos 'caveiretes'. -

-Engraçadíssima você Courtney. -

- Não sei vocês, mas eu to congelando aqui, e com fome, por isso... - Wes parou de falar, veio na minha direção, me jogou pelas suas costas, como se eu fosse um saco de batatas e foi andando em direção à saída do cemitério.

-Wesleey! Me coloca no chããoo! - Falei rindo, e dando socos nas suas costas.

-Calada Suzzanah Simon, vê se não enche, se não eu deixo você aí mesmo. -

- Não ta mais aqui quem falou! -

- Vocês dois, pelo amor, se casem. - Disse Courtney fazendo uma cara de nojo.

Todos acreditam que eu tenho um caso com Wes. A gente tem uma relação muito forte, vivemos juntos, brincando um com o outro e até dizemos que a gente se pega nas horas vagas. O que não é verdade. Até porque, da ultima vez que tivemos uma conversa em relação a esse assunto, ele admitiu que estava apaixonado pela Courtney.

-Droga, droga, droga! Sou uma menina morta. -

-O qu...Putz, 23:40, foi bom te conhecer Suze. -

- Wes, pisa fundo aí, preciso chegar o mais rápido possível em casa! -

Hoje eu ia receber visita em casa, alguma tia antiga, seria inadmissível para minha mãe qualquer desculpa que eu inventasse!

Mal me despedi e já fui pulando para fora do carro, fazia frio, muito frio. Senti outro daqueles calafrios percorrendo meu corpo. Não cheguei nem a tocar na maçaneta, a porta já foi se abrindo, e dando de cara com um peitoral forte e usando uma camisa cinza, ombros largos, e cabelos castanhos batendo nos ombros.

-Opa! - O estranho falou.

- SUZZANAH!? - Minha mãe, é agora.

-Suze querida! Quanto tempo. -

Tia Cecília. Ela é a razão de eu ainda não ter sido engolida pela minha mãe. Ela mora na França, com um menino que dizem que ela adotou, Luke. Ela tem um estilo um tanto estranho. É apaixonada pela natureza, vive de saias longas e blusas brancas.

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⏰ Última atualização: May 11, 2014 ⏰

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