Capítulo 32

9.4K 600 256
                                    

- Filha...

P.O.V. Nicolle

- O quê... O quê você está fazendo aqui...? - perguntei ainda não acreditando.

- Eu queria te ver. - ela me soltou.

- Depois de tanto tempo?

- É, eu fiquei sabendo o que aconteceu com a sua avó e vim fazer meu papel de mãe. - sorriu.

Dei uma risada fraca, o que fez ela desfazer o sorriso.

- Veio fazer seu papel de mãe? Só pode estar de brincadeira comigo né?

- Por quê estaria?

- Você fica a minha vida toda fora e agora vem com esse papo?! Está meio tarde não acha?

- Filha...

- NÃO ME CHAMA ASSIM! VOCÊ NÃO É A MINHA MÃE, EU NÃO SOU A SUA FILHA E SAI DAQUI AGORA!

- Vamos conversar... - ele ia pegar a minha mão, mas eu tirei da reta.

- Não encosta em mim!

- Eu sou a sua mãe!

- Agora você é a minha mãe né?! Mas quando eu nasci não pensou nem duas vezes na hora de me abandonar!

- Não fala assim, eu me arrependo por ter feito isso.

- Se arrependeu? - ri. - Tá, vou fingir que acredito. Se você veio, o meu pai também veio?

- Não, nos divorciamos faz alguns anos.

~x~

- Já que você já disse o que veio fazer aqui, pode ir embora.

- Eu não tenho para onde ir...

- Não me interessa, vai embora!

- Deixa eu passar só essa noite aqui, amanhã eu arranjo um lugar.

- Não.

- O quê eu preciso fazer para você acreditar que eu me arrependi de verdade?! Eu sou a sua mãe! Eu apareci depois de muito tempo eu sei, mas... Não é tarde demais.

- Você pode dormir aqui, só essa noite, no quarto de hóspedes e quando amanhecer você vai embora e não volta nunca mais, afinal, você é bem experiente nisso. - eu disse e subi para o meu quarto.

Peguei o meu celular e liguei para a Alison. Contei tudo e ficamos conversando por um bom tempo.

* NO DIA SEGUINTE *

Acordei com um barulho vindo do andar de baixo.

Coloquei uma calça de moletom e uma regata e desci rápido.

Amy ( minha mãe ), estava na sala de jantar mexendo em uma caixa.

- O quê você está fazendo? - parei perto do sofá.

- Nada... Só olhando umas fotos, ver como você cresceu. - me aproximei. - Quando eu tinha doze anos também usava mexas coloridas no cabelo, fazia me sentir mais descolada. - ela disse mostrando uma foto e eu sorri. - Você pode não acreditar, mas eu me arrependo... De verdade.

Olhei para ela e parecia tão sincera...

- Então... Está namorando?

Namorada de Mentirinha Onde histórias criam vida. Descubra agora