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Ezra

Talvez essa garota fosse louca, eu estava falando sério! Ela estava achando graça então, ri junto para não ficar um clima estranho.

"Então, está trabalhando no que?" Pergunto enquanto me sirvo.

"Agora trabalho em um restaurante no centro, tenho que usar uma roupa ridícula, mas dá uma boa grana." Ela diz colocando um pouco de vinho na sua taça.

"Como assim ridícula?" Pergunto encarando Paris.

"Depois te mostro." Ela dá uma garfada na sua comida.

Olho malicioso para ela e a mesma da uma risada tímida, essa garota já está me fazendo perder a cabeça.

"Amanhã o Tyler vai vir almoçar conosco." Aviso e ela me olha rapidamente.

"Quem?"

"Tyler, meu namorado." Digo sem me importar com a sua expressão assustada. "2017, bissexuais existem."

"Sim, eu sei." Ela dá uma última risada, transformando sua expressão assustada para calma enquanto toma um bom gole de seu vinho.

Os próximos minutos foram silenciosos, após a janta Paris disse que lavaria a louça, como odeio lavar, não discordei.

"Bons sonhos!" Chego perto de seu rosto e deixo um beijo em sua bochecha. "Durma bem."

Subo as escadas certo de que ela estaria me olhando. Vou para o chuveiro, visto apenas uma bermuda e me deito. Paris era realmente um amor, pelo visto não vai me dar trabalho.
Fecho os olhos e pouco tempo depois ouço batidas na porta.

"Pode entrar." Digo me apoiando em um braço na cama.

"Ezra, desculpa incomodar, mas... você tem um carregador para me emprestar? Acho que esqueci o meu." Ela diz sem graça encostada na porta.

Encaro seu corpo coberto apenas por uma camisola lilás, sorrio com malícia e ela cora no mesmo instante.
Levanto indo até a cômoda, tiro um carregador de lá e entrego para ela.

"Boa noite, gracinha." Faço um rápido cafuné nela que sorri abertamente.

"Obrigada, boa noite." Ela fecha a porta e quando percebo, já estou duro.

"Droga!" Digo talvez um pouco alto.

"Aconteceu alguma coisa?" Paris volta abrindo a porta.

"Oh, nada! Até amanhã!" Dou uma corridinha até a porta e a tranco.

Ótimo! Lá vou eu tomar mais um banho, dessa vez gelado.

Paris

Óbvio que eu sabia o que estava acontecendo naquele momento, o volume na sua bermuda era bem notável. Ando rindo até a porta do meu quarto até que ouço alguns gemidos.

"Talvez eu deva brincar um pouco." Digo baixinho entrando no meu quarto de uma só vez.

Começo a gemer baixinho como se estivesse me masturbando, aumento o som e vejo que os seus gemidos agora estavam abafados, como se ele estivesse calado para me ouvir melhor. Não consigo segurar e solto uma gargalhada.

"Já foi o suficiente." Conecto meu celular ao carregador e me preparo para dormir.

[...]

Acordo e vou direto para o banheiro, faço todas as minhas higienes e desço para comer alguma coisa.
Pelo visto Ezra ainda não acordou, pego uma maçã e começo a subir as escadas.

"Merda!" Bato meu dedo em um dos degraus e deixo minha maçã rolar escada a baixo. "Que cacete mesmo!"

Desço tudo de novo e no final me abaixo para pegar a fruta.

"Estúpida!" Grito para a maçã.

"É só uma fruta, Paris, ela não tem culpa." Ouço sua voz grossa e me arrepio. "Bom dia."

"Bom d-dia." Dou um sorriso envergonhado e começo a subir as escadas.

Eu sou mais estúpida que a maçã, ontem estava provocando e hoje não consigo nem olhar para seu rosto.
Enquanto a hora do almoço não chega, eu vou fazendo a redação para entregar na segunda. Consigo fazer a metade dela e prometo finalizar mais tarde.

"Paris, já está pronto!" Ezra grita da cozinha e eu troco a minha roupa, colocando aquela patética do trabalho.

Desço as escadas e encontro Ezra trocando carícias com um rapaz loiro, igualmente lindo, porém, mais alto que ele. Não me importo tanto, apenas me apresento para ele e almoço, prometi não atrapalhar.

"Então, Paris..." O rapaz loiro me olha. "Pelo visto trabalha no mesmo lugar que eu!"

"Você também usa esse uniforme horrendo?" Ele ri da minha pergunta.

"Oh, não. Eu sou o filho do chefe, fico lá em cima monitorando os motoboys."

"Por isso nunca te vi por lá, bom, se você é filho do Paul, poderia pedir para trocar nossos uniformes." Ele ri mais uma vez e Ezra me encara.

"Eu até que gosto." Vejo a malícia nas suas palavras, ele olha para as minhas pernas descobertas e sorri. Tyler parece não perceber os olhares que trocamos durante o almoço.

"Podemos ir juntos se quiser." Ele dá o último gole na sua bebida.

"Oh não, eu entro mais tarde, obrigada!"

"Bom, tudo bem... foi um prazer Paris! Espero te ver mais vezes no restaurante." Ele me estende a mão e eu o cumprimento. "Até mais."

"Até." Ezra leva Tyler até a porta e se despede. Ouço a porta fechar e Ezra volta para a cozinha me encarando.

"Eu não quero fazer isso, mas você pede." Ele sorri.

"Peço o que?" Em instantes Ezra me coloca em cima do balcão, beijando meu pescoço.

"Meu namoro é maravilhoso, Tyler não deixa nada a desejar, mas eu sinto falta disso." Ele me pega no colo e subimos as escadas, quer dizer, o desejo de Ezra era maior que a sua paciência então, começamos a nos beijar ali mesmo.

Coloco meus pés no chão e ele vira, me prensando na parede, roçando sua intimidade na minha bunda. Começo a gemer e Ezra me acompanha. Viro de novo e abro sua calça desesperadamente, mas algo nos para. Uma buzina. As caixas empataram a foda do ano.

Espero que gostem!

Xoxo, Boo. ♡

paris • ezra mOnde histórias criam vida. Descubra agora