Arya
— Os cavalheiros do Vale disseram ouvir um som estranho vindo do céu. - Sansa disse apreensiva, estava sentada olhando da janela a paisagem da floresta que estava bem branca devido ao inverno.
— Onde? - perguntei.
— Em Harrenhal. - disse ainda bem concentrada.
— Acha que são os dragões? - perguntei, desde que eu voltei a única imagem que vi de minha irmã era uma Sansa controlada, mas preocupada.
— Eu não sei. - disse, eu sabia que algo lhe perturbava.
— Diga. - fico em pé ao seu lado observando agora a mesma paisagem, esperando escutar o que a agoniava.
— Jon... Daenerys... Tyrion... - disse um por um pausadamente.
— Tyrion? Porque o anão te perturba? - estranhei.
— Por que tecnicamente nosso casamento não foi anulado. - disse fechando os olhos.
— Como assim não foi anulado? - perguntei surpresa.
— Para um casamento ser realmente anulado tem que ser solicitado à hierarquia da Fé dos Sete, devido a diversos fatores e meu casamento foi "anulado" por deuses da terra ou outra palhaçada que Ramsay inventou para justificar-me a casar com ele, ou seja, diante da fé dos sete, eu vivi um casamento bígamo e ainda estou casada com Tyrion. - disse com desagrado.
— Não importa, o septo explodiu. - digo objetiva.
— Não é simples assim Arya, sei que seu forte não é conhecimento as leis, mas isso é sério, foi o septo que explodiu não a fé, a fé continua nas pessoas e nem Cersei tem esse poder para acabar com a fé do povo. - Sansa não me esconde sua angústia.
— Teme pelo o que então? Você disse que Tryion nunca a tocou. - digo.
— Eu não quero carregar um nome Lannister, acho que só por isso é o suficiente. - disse com certa amargura.Minha irmã me contou tudo, eu admito que não foi fácil, talvez eu não conseguisse sobreviver a minha personalidade é muito radical para uma Lady, não ia aguentar calar-me ou não fazer nada.
— Tryion não está vindo para buscar sua "amada esposa", esta vindo por que Daenerys Targaryen, sua rainha virá. - digo para que não se preocupe e ao sua expressão suavizou e sorriu a mim, acredito que funcionou.
No momento que Sansa ia dizer mais alguma coisa, mas ouvimos um grito dos guardas.
"O REI DO NORTE CHEGOU"
Ao ouvir essas palavras fez meus pensamento se esvaziarem, minhas pernas agiram antes mesmo deu as corresponder, eu descia os lances de escada correndo, corria sem parar, eu queria ver Jon, eu precisava ver Jon, faz tanto tempo que não o vejo. Quando cheguei ofegante ao pátio meus olhos o procuram por todo lugar, até que o vi no chão deitado, com fantasma em cima dele o lambendo e ele fazendo carinho e rindo, essa risada, por deuses o quanto eu senti falta, lágrimas já caiam de meu rosto, a quanto tempo eu não chorava? Fiquei parada observando a cena, até ele sentar e me enxergar, então eu não me contive, corri até ele que já me esperava de braços abertos.
Seu abraço fez me sentir como se eu ainda fosse aquela pequena menina em que Jon presenteou com uma fina espada, no qual nomeei agulha, meu coração se apertou, sinto-o tão miúdo e frágil, não consigo conter minhas lágrimas, meu irmão que tanto amo agora esta aqui comigo, me abraçando com tanto amor e dizendo palavras com carinho.
— Eu sempre acreditei em você. - ele disse no meu ouvido. — Arya! - me chamou, mas eu não o soltava, meu rosto ainda estava afogado em seu ombro. - Olha para mim. - puxou meu rosto delicadamente.
Jon sorria a olhar para mim, eu sabia que sentia o mesmo que eu, saudades. Ele também estava com os olhos lacrimejados, limpou uma lágrima que caiu involuntariamente de meu rosto e observei sua face, ainda possui a mesma intensidade no olhar que me lembrava, mas agora ele possui uma cicatriz no rosto, que nem mesmo assim afeta sua beleza e o engraçado que da mesma maneira que eu prendi meu cabelo ele o mesmo também fez. E ainda envolvida pela emoção, não me importei de abraçá-lo de novo.
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Winter is Here. [EM PAUSA]
FanfictionPRETENSÃO DO FIM DA PAUSA- DEZEMBRO A caminho do Norte todos estão indo, sejam os vivos sejam os mortos, finalmente a longa noite chegou, a grande promessa dos Starks se concretizou. Ninguém está preparado para o que há de vir, mas essa não é a ques...