Não pode ser!

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A conversa que tive com ela o quartinho foi bem natural, entretanto bem particular, pois ela falou algumas coisas sobre o seu lado pessoal, sobre sua a orientação sexual e um pouco mais sobre sua vida, de uma maneira bem resumida e direta. – tive a impressão de que já nos conhecíamos, foi tudo tão espontâneo e natural.

( ... )

Enquanto conversávamos ouvimos vozes ao lado da porta, que abriu atrás de suas costas e em seguida entraram a Débora e a Érica, para a nossa alegria as duas entraram lá e meus minutos de paz e alegria se esgotaram!
- O que vocês duas estão fazendo aqui? Ana por que você não está trabalhando? - disse Débora indagando, surpresa é meio curiosa querendo saber o que eu e uma entendida estávamos fazendo a sós naquela "sauna"! 

Em seguida já de pé, eu respondi apenas uma de sua pergunta:

- Estamos fazendo nada! Apenas estava lavando o esfregão, já estou saindo. – respondi já em direção a porta de saída. 

As três ficaram olhando enquanto eu me retirava com o esfregão em mãos indo para a praça de alimentação, a cara de Érica era neutra, pois ela não falou um A. – acho que ela deve ter ficado pensando coisas, pois ela não viu que Suellen entrará no quartinho porque estava distraída em seu celular e não deu tempo de me avisar antes que Débora pegasse eu e a moça á dentro. 

Suellen saiu andando também deixando Débora e Érica na porta do quartinho, e quase atrás de mim disse em um tom de voz meio alto. - Psiu! - olhei para trás com o esfregão nas mãos e em seguida ela disse: 

- Depois conversamos mais, e sorrindo concluiu falando:

-Ah, depois pega meu número. Logo depois partiu em direção à entrada da loja para voltar para a sua área!
Eu olhei pra ela e apenas sorri!

( ... )

Enquanto eu limpava o chão, ficava pensando naquela menina que eu não sabia o porquê, mais de certo modo me fez gostar mais dela. Enquanto eu estava perdida em meus pensamentos ouço a voz de Débora dizer:

- Ana limpa esse chão logo, em formato de 8, a cada um metrô vira, a cada dois metros lava, VAMOS!

- Você já me ensinou Débora, estou limpando. Respondi com uma cara de quem não gostou da ordem.
Procurei por Érica assim que Débora saiu andando. A encontrei, ela estava limpando as mesas quietinha. – fui até ela.
- Levou bronca por ter sido pega no celular japa? – questionei sorrindo.
- A Débora é chata, foda - se ela. – rimos juntas concordando.

O dia passou rápido, o relógio já constava que meu horário já havia chegado ao término, não via a hora de ir embora, peguei minhas coisas e sai rápido. Não vi Suellen desde o ocorrido, e acabei ficando triste, pois não tinha pegado mais cedo o número dela, porque não podia sair da praça graças à Débora! Ela não me lembrou nem saiu mais para a praça, pois dentro daquela loja era realmente um inferno, devido a sua movimentação ser progressiva e contínua, pois tinha embarques e desembarques todos os dias a todo o momento.

( ... )

Já em casa, me preparei para tomar banho, comer, me arrumar e ir treinar, e em seguida voltar pra casa novamente e ir pra escola. Tinha uma rotina cansativa, andava cansada demais na academia, motivos do qual eu comecei a ir somente a semana e não mais aos finais de semana. Acordava todo santo dia as 5:00 horas da manhã, pegava dois transporte públicos e trabalhar que nem escrava!
Já na escola, mal prestei atenção nas aulas, terceiro ano era chato demais, sem graça demais, ficava pensando em Suellen.

Quando ela entrou naquele quartinho, por algum motivo que até hoje eu desconheço, eu sabia que a menina que eu fiquei pensando nas últimas semanas era aquela. Porém, me pergunte como, como soubeste que porventura era ela E eu respondo, intuição, podemos dizer assim. 

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