•Third•

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Min Yoongi P.O.V

Acordei de repente ao som de algum objeto de vidro se partindo em pedaços e um grito agudo ecoou, fazendo-me arregalar os olhos. Estiquei o meu pescoço o máximo possível na direção da janela e pude ver a confusão dentro da casa: Kyungsoo gritando  xingamentos para a irmã e cambaleando pela casa atrás da mesma, denunciando que estava completamente bêbado.

— Hahahahaha! — ele gargalhou e o choro da mais nova se fez ouvir, seguido por um tapa forte. — Você pensou que iria conseguir escapar de mim, S/N?

Meu coração se apertou e minhas mãos se fecharam em punho, inconscientemente se movendo contra a corda que as prendia.

E mais tapas foram desferidos e mais coisas se quebraram e o som do corpo da garota sendo jogado na parede era claramente ouvido.

Uma raiva selvagem crescia em meu peito e tudo o que eu mais queria naquele momento era ter uma faca para me libertar e correr até Kyungsoo para encher a cara daquele cretino de socos e chutes.

Passei aquela noite acordado, ouvindo a gritaria que durou algumas horas, o que teria incomodado os visinhos, se houvesse algum. A casa ficava em uma área afastada das ruas residenciais, por isso todo o caos existente não era notado.

Na manhã seguinte, depois que Kyungsoo saiu, S/N apareceu no trailer, trazendo consigo uma bandeja com o café da manhã. Os olhos a garota estavam extremamente cansados e inchados por causa do choro e o rosto coberto por uma grossa camada de maquiagem para esconder as marcas dos tapas; o esforço havia sido em vão, pois a silhueta vermelha dos dedos do homem ainda podiam ser vistas.

— Eu posso te ajudar. — falei repentinamente quando S/N sentou na cadeira a minha frente para trocar os curativos.

— Você não pode.

— Se você me ajudar a fugir eu vou te levar comigo. — não era uma estratégia para sair dali, eu realmente tinha a intenção e tirá-la daquele lugar e levá-la para longe de Kyungsoo.

— Ele iria nos encontrar. — uma lágrima correu pela bochecha da garota.

— Se isso acontecer, eu vou te proteger. — insisti, agoniado por estar preso naquele momento.

S/N deixou uma única risada sarcástica escapar e mais lágrimas molharam-lhe o rosto.

— Ya! — minha voz saiu mais alta que o desejado, mas serviu para fazê-la levantar o rosto e olhar em meus olhos. — Eu vou te proteger! — falei com firmeza.

Gangsta || mygOnde histórias criam vida. Descubra agora