Meu herói de infância

Um verdadeiro heroi...

– Salvei-te ! E agora qual é a minha recompensa ?
Eu fiquei a olhar para ele boquiaberto, pois não era todos os dias que vias alguém a derrotar gente tão forte. Tinha milhares de questões a formar-se na minha cabeça, mas cada uma mais complicada que a outra, que provavelmente ele nunca iria responder direito, por isso mantive-me calado.
– Então ? Vais pensar ?
– S-sim...! – eu fiquei tão nervoso que até estava a suar por todos os lados.
– Estás nervoso ? – a voz dele começou a ficar mais suave.
– N-n... Sim ! – podia jura estar á espera da minha morte, mas não chegou a acontecer.
– Vejo-te na próxima e espero a tua recompensa. – ele virou-me costas e começou a caminhar em direção ao luar.
– Espera ! T-tu mataste-os ? – foi a única questão que lhe fiz, senti uma necessidade de lhe dizer algo mais foi isto que saiu embora eu não queira saber se eles estão mortos ou não.
– Não ! – ele apenas parou de caminhar para responder e nem se virou para trás, mas continuou o seu percurso.
Assim que se foi embora, coloquei os corpos dentro do edifício, numa sala de enfermaria.
Desde esse dia nunca mais vi os meus pais, nem mesmo o meu herói.
Já se tinham passado 12 semanas desde aquele dia, a minha vida estava piorar aos poucos, já nem tempo tinha para informar a polícia. Mas todos os dias da semana sofria sempre o mesmo daquele gang, exceto um, quinta-feira, o dia que eu mais temia, o dia em que era o sofrimento dos sofrimentos.
Era segunda-feira de manhã, a minha primeira vez num colégio, era normal eu estar nervoso, pois já sabia que ninguém me iria aceitar.
  Assim que cheguei á escola, deparei-me com um garoto que vinha na minha direção com um sorriso largo, ele era bonito com os olhos grandes e verdes e cabelo castanho.
– Olá ! Deves ser o Leonardo !– ele parecia simpático, mas desconfiava algo dele.
– Sim sou o Leonardo...– comprometei-o com um sorriso.
– Eu sou o Ben !
Ao menos arranjei um amigo, já não estou tão preocupado.
  O dia passou, o Ben convidou-me para ir jantar a casa dele, o que eu não estava á espera, pois tínhamos acabado de conhecer.
  Quando chegamos a casa, ele tocou á campainha, e por sorte quem veio abrir a porta foi o meu " herói ", estava na mesma posição quando o vi pela última vez a falar da recompensa.
  – Obrigado, mano !
  Eu nem falei, apenas fiquei a olhar para ele de maneira estupida.
  – Entra...! –disse-me Ben. – Leo, este é o meu irmão, Luke ! Luke, este é o meu amigo, Leo ! – ele ficou a olhar para mim e eu baixei a cabeça.
  – Nós já nos conhecíamos ! – ele disse.
  – Olha que bom ! Isso significa que vão ser amigos, certo ? – ao ver a animação de Ben ao dizer aquilo, nem me mexia.
  – Claro... ! – ele fez um sorriso largo e colocou o seu braço sobre as minhas costas deixando-me corado.
Chegou o jantar e quem tinha feito a comida tinha sido o Luke.
– A comida está maravilhosa! – eu coloquei mais uma garfada de bife na boca.
  – Ótimo !
  Depois do jantar, fui para casa e lá fiquei, nem cheguei a ir ter com o gang.