Dois destinos

14

Assim que Bella acordou, ficou confusa com onde estava, mas ao ver Elijah entrar no quarto, lembrou de tudo e acabou rindo com a cautela dele perto dela.
- Por que está tão cuidadoso? - perguntou Bella, levantando com cuidado. Haviam ficado conversando quase a noite toda, imaginava que tinha dormido demais.
- Seus vampiros estão procurando por você. - disse Elijah, sorrindo fraco.
- Sério? Que horas são?
Bella procurou por um relógio, mas não havia nenhum e ela estava sem o celular.
- Já passou do meio-dia.
Bella arregalou os olhos, o fazendo rir.
- Fiz algo para comermos, se quiser, antes de voltar a eles.
Bella sorriu para seu jeito formal e não conseguiu negar.
- Tudo bem.
Bella aceitou seu braço e o acompanhou até a pequena cozinha do apartamento de Elijah.
- Pretendo chamar Klaus assim que você sair. - disse Elijah enquanto comiam.
- Acha que ele vai aceitar? - perguntou Bella, preocupada.
- Acredito que sim, mas se não aceitar... Eu vou ficar do seu lado Bella.
- E de Elena.
- É claro.
Elijah sorriu. Se sentia em dívida com aquela humana e a ajudaria no que fosse preciso.
Ela estava disposta a ajuda-lo a recuperar sua família e ele seria sempre grato a Bella.
A própria Bella não sabia porque confiou em Elijah para contar quem era, mas sentia que era o certo e, no momento, tudo corria bem.
- Eu tenho que ir. Devem estar preocupados. - disse Bella, quando enfim terminaram.
- Quer que eu...
- Não precisa. Apenas, não me deixe no escuro.
Elijah assentiu.
- Ligo assim que souber de mais alguma coisa.
Seguiram até a porta.
- Foi bom conhece-lo, Elijah.
- Posso dizer o mesmo, Bella.
Eles sorriram. Bella lhe deu um beijo no rosto e finalmente foi embora, deixando um Elijah congelado, antes de sorrir e voltar para dentro. Eles estavam fazendo a coisa certa.
Caminhando para casa, Bella não deixou de pensar em Klaus, em como ele seria e como reagiria a tudo ali.
Entendia que era um choque para muitos quando descobriam o quanto ela conhecia, sobre o sobrenatural, e tinha a impressão que Klaus não seria imune a isso também.
Não demorou muito para ver a casa que, agora, chamava de sua. Ao entrar, no entanto, não evitou o susto ao ser jogada contra a parede.
- Damon!
- Bella!
Os dois gritaram ao mesmo tempo ao se reconhecerem, mas Bella pareceu em choque com o que ele a chamou.
- O que você disse? - perguntou Bella, quando ele a largou.
- Onde diabos você estava? Não pensou em quanto íamos ficar preocupados? Você sumiu sem deixar sequer uma nota! - disse Damon irritado.
Não estava se importando com ela não ser Elena, mas com perceber o quanto ainda tinha estado preocupado com Bella, sem saber onde ela estava. Não se entendia, mas sabia que se importava com ela.
- Eu esqueci meu celular. - disse Bella, confusa com aquele Damon que estava conhecendo.
- E onde você estava?
- Hm... Eu não posso dizer, desculpe.
- O que?
Damon a encarou sem acreditar, fazendo Bella suspirar e seguir para o quarto, com ele logo atrás.
- Bella!
- Por que está me chamando de Bella?
Ela gritou, se virando para ele, que estava um degrau abaixo dela, os deixando no mesmo nível.
- Porque esse é o seu nome. - disse Damon.
- Não...
- Bella, eu liguei para Elena, pensando que ela era você.
Bella suspirou, percebendo o que aconteceu.
- Ela me chamou por Bella, não é?
Damon sorriu fraco, assentindo.
Bella estava confusa com ele.
- Por que está tão bem com isso?
Damon segurou seu rosto, percebendo como gostava daquela proximidade.
- Porque eu não preciso mais me culpar por esse sentimento louco que apareceu desde que você chegou.
Ela sorriu.
- Que sentimento?
Damon sorriu de volta.
- O que acha de eu mostrar?
Sem esperar resposta, Damon a beijou, se sentindo tão bem quanto as vezes que pensou que era Elena. Aquela era sua prova de que realmente gostava da garota a sua frente. De Bella, não Elena.
- Damon. - sussurrou Bella, quando ele se afastou.
- Bella. - sussurrou Damon, vendo o sorriso dela, quando a chamou por quem ela era.
Foi o que bastou para pega-la e a próxima coisa que Bella percebeu foi a cama abaixo dela e o que se seguiu depois, era algo apenas deles.