I'm a toy

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Boa leitura

Musica Toy, do grupo Block B

~Moon

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"Quem se importa com os meus sentimentos?

Você pode brincar comigo até se cansar

Você pode me quebrar

Se é isso que você quer

Porque eu sou um brinquedo"



Ela entrou poupando-se de cerimônia, bateu a porta do dormitório, atirando a bolsa no chão, já com um cigarro pendendo dos lábios e as mãos frenéticas procurando o isqueiro entre os bolsos do casaco. Sem explicações - porque ela não é do tipo que vai vir e lamentar qualquer coisa - Jennie caminhou até a varanda.



Eu lhe dei uns bons cinco minutos de vantagem antes de ir até lá, já havia me habituado aquela rotina semanal de cigarros e lágrimas a cada vez que ela discutia com Sungchan, seu namorado a quase três meses. Eles se conheceram numa festa e Jennie disse que tiveram uma conexão instantânea, porque ele era diferente e dessa vez era especial. Mas eu já ouvi essa história antes. Hanbin, Jooheon, Hoseok, Seojoon, todos eles também eram diferentes, em todas as vezes ela disse que eles eram especiais e no final das contas tudo acabou em desastre, com ela fazendo alguma estupidez para superar o coração partido.



- Vocês brigaram de novo? - Perguntei enquanto me apoiava numa das paredes da pequena varanda.



- Não. - Ela respondeu seca, jogando fora o cigarro não terminado.



- Então o que foi dessa vez, Jen?



- Ele terminou comigo, Tae.



Eu queria dizer a ela que aquilo era o melhor, que ela tinha mesmo que parar de se meter em relacionamentos decadentes, por puro impulso. Ela não precisava de nada daquilo.



- Por que? - Mas isso foi tudo que saiu da minha boca.



- Ele disse que estava cansado. Que eu era muito possessiva e que ele precisava de espaço. Ele me chamou de superficial. Superficial?



Novamente eu quis dizer a ela que ele tinha alguma razão, porque o relacionamento deles nunca foi saudável, como todos os anteriores também não foram. Porque um relacionamento construído entre festas, bebidas e brigas não tem chance de ser algo bom.



Eu queria dar a Jennie o sermão que ela merecia, mas eu não consegui. Porque no momento em que sua voz tremeu diante das lágrimas e torceu os lábios, eu fiquei desarmado. Quando a pose de mulher durona a abandonou e ela era apenas a garotinha de 12 anos que eu conheci no parquinho da escola, eu amoleci. Porque Jennie me faz vulnerável, ela é meu maior ponto fraco.



Então, ao invés de um sermão, ao invés de todas as palavras duras que ela precisava ouvir, eu simplesmente a recebi em meus braços, apertando-a tanto quanto eu pudesse e repeti inúmeras vezes que aquele era só um cara qualquer e que em breve tudo ficaria bem. Assim como fiz tantas vezes antes.



"Quando estamos tendo uma conversa sincera

Depois de você ter me acariciado

Você sorri

Em breve eu vou ser colocado no canto

Mas o meu destino está em suas mãos"



TOYOnde histórias criam vida. Descubra agora