O outro lado_ capítulo 1

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Acordei toda suada e com o coração acelerado, mas uma noite repleta de pesadelos, já não suportava aquilo, todas as noites era a mesma coisa, nem lembrava a última vez que tive um sonho bom ou sonho nenhum, meu pai costumava dizer que eu precisava fazer mais orações, só que nem todas as milhares de orações que já fiz, espantavam aqueles pesadelos.

Cocei os olhos despertando por completo, já era dia e os raios do sol atravessavam as cortinas da janela, meu quarto era de frente ao quarto do vizinho, só que ninguém dormia nele, pelo menos foi o que soube, o filho mais novo dos Park não morava com eles, por isso o quarto estava vazio.

Mas vamos lá para um resumo de quem eu sou e da minha pacata vida... meu nome é Gisele, não, não leram errado, esse era o nome da minha tia falecida, meu pai gostava de dar nomes bíblicos para os filhos, mas minha mãe não deixou, escolhedo esse, o que para mim é horrível, apesar de ter uma linda história.

Pois bem, continuando... tenho vinte e dois anos, sou formada em psicopedagógia, mas infelizmente ninguém queria me dar trabalho devido minha aparência, vou explicar isso mais pra frente, pois é, tinha um trabalho na loja de instrumentos do senhor Kwon, um senhor muito simpático que frequentava a mesma congregação que minha família.

Acho que querem saber da minha aparência, né?! Pois bem, Deus não me agraciou com a beleza da Afrodite, vamos dizer que sou bem comum, nada de especial, 1,60cm, quase uma anã, sou considerada uma falsa magra, do tipo que parece ser magra, mas entra em um quarenta, essa sou eu... cabelos um pouco longos que optei para o loiro, meu pai não curtiu muito, mas minha mãe adorou.

Tenho os olhos que minha mãe chama de retrovisores de carro, porque são enormes e castanhos, sobrancelhas grossas e escuras fazendo contraste com o cabelo, porque sou vida louca...

Não tenho mais nada para me definir, como disse antes, sou bem comum e isso meio que prejudicou minha carreira de trabalho, porque eles queriam uma Barbie e eu era a versão de dois reais que vende na sessão infantil do supermercado, falsa e feia

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Não tenho mais nada para me definir, como disse antes, sou bem comum e isso meio que prejudicou minha carreira de trabalho, porque eles queriam uma Barbie e eu era a versão de dois reais que vende na sessão infantil do supermercado, falsa e feia.

Mas voltando para a história inicial... todos os dias era a mesma coisa, eu levantava depois de uma noite conturbada, fazia minhas higienes, tentava manter minha peruca menos alvoroçada, vestia o amado jeans surrado, uma camisa qualquer e quase sempre esquecia de pegar o casaco, ainda não tinha me acostumado a vida em Seul, mesmo morando ali há um ano.

Meu pai era missionário, viajávamos muito, mas ele acabou se estabilizando na Coréia do Sul onde seu velho amigo o pastor Jason Kim pastoreava sua congregação, ambos se ajudavam nos trabalhos.

O digníssimo resolveu parar um pouco as viagens porque meu irmão caçula já estava no ensino médio e ele não queria prejudicá-lo nos estudos, então ficamos por lá.

A congregação presbiteriana era mista, lá frequentavam pessoas de várias nacionalidades, coreanos, chineses, japoneses, americanos, latinos e por aí vai.

O outro lado (ChanYeol) (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora