O SABOR DE TE AMAR

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HUGO

Sofia é realmente uma caixinha de surpresas, bastou ela descobrir que sou dono do restaurante para ficar chateada e de mau humor. Até entendo que ela tenha ficado surpresa, mas chateada é demais. É por isso que evito falar para os funcionários que o restaurante é meu, não gosto desse tipo de reação.

Preciso aprender urgentemente a compreender suas mudanças de humor ou nossa convivência será meio difícil, e se eu fui capaz de me declarar para ela mesmo sendo uma negação em assuntos amorosos, posso fazer qualquer outra coisa para entender essa loirinha marrenta.

Depois do momento "estou chateada com você" consegui conversar calmamente com a Sofia e reverter a situação a meu favor, explicando meus motivos para ser discreto sobre o restaurante. Ela compreendeu e passou o restante da manhã trabalhando sorridente ao meu lado, ufa!

Só estou incomodado com esse bendito encontro com o amigo dela, ainda não engoli a ladainha dele de que só queria a ajudar a Sofia fingindo ser namorado dela, amigo demais para o meu gosto e ele quer sair com ela vai ter que me aturar, pois irei junto.

Sofia ainda quis me enrolar, por ela nós somente nos encontraríamos na lanchonete, mas dei meu jeitinho de brasileiro que não desiste nunca e a fiz me passar o endereço de sua casa e mais tarde vou buscá-la para irmos juntos, até porque do jeito que os dois se dão bem se eu der mole é capaz dela ir com o empata.

Após terminarmos nosso trabalho no restaurante, almoçamos juntos na cozinha antes dela voltar para casa e eu ir para o escritório, estou um pouco cansado, mas meu dia ainda não terminou. Minha secretária já ligou duas vezes me pedindo para não demorar, tenho alguns contratos para assinar e os documentos precisam ser despachados ainda hoje.

Trabalhei durante a tarde e depois fui para casa me arrumar para sair com a Sofia, cheguei na casa dela faltando cinco minutos para o horário combinado e mandei uma mensagem para avisar que estou esperando por ela.

Hugo - Sofia estou aqui fora te esperando!

Sofia - Oi, já estou saindo.

Imagina minha cara de bobo quando ela saiu de casa com um vestidinho estampado que cobria até o joelho, cabelos soltos, e uma sapatilha preta nos pés. Estava simples e linda como sempre.

— Estou aprovada? — Ela perguntou sorrindo da minha cara, por ser pego em flagra a admirando.

— Desculpa querida, não resisti, você está linda!

— Obrigada, vamos o Di já está nos esperando.

Nem preciso dizer que odeio ouvir ela chamar o amigo de Di, mas não vou reclamar, por enquanto.

Abri a porta do carro para ela entrar e ela sorriu com seu jeito meigo e totalmente irresistível que precisei a beijar para me acalmar. Senti o gosto de menta dos lábios dela e fiquei inebriado.

— Vamos minha linda, antes que eu desista de ir encontrar aquele seu amigo.

— Hugo pare de implicância, o Diego é gente boa, você vai gostar dele.

— Veremos.

Chegamos no local e o amigo dela estava sentado em uma das mesas. Entrei segurando na mão da Sofia e fiz questão de encarar o Diego e ainda assim o babaca sorriu para ela.

— Boa noite. — Estendi a mão para o cumprimentar por educação.

— Boa noite Hugo, oi Sofis. — Ele a cumprimentou com um beijo no rosto.