Dias Contados- Sem volta

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Bruna narrando:
Desligo meu celular e desço até a sala, onde se encontra meu pai, chorando.

Pai- Fi-filha. Senta aqui, vamos conversar.
Bruna- Não tô muito legal, vou dar uma saída.
Pai- Por favor *limpa as lágrimas* fala comigo.
Bruna- Falar o que? Que você quer que eu me mate? Já entendi isso, papai.
Pai- Pois é isso mesmo! Isso que você entendeu errado!
Bruna- Pai, eu vou sair.
Pai- Você está de castigo.
Bruna- Mas que merda! Será que você não consegue entender o que passa na minha cabeça? Eu perdi minha mãe há um tempo, você nem se quer ligou pra isso. Não tenho amigos! Não tenho nada. Só cortes! Por todo corpo!!! *grito*
Pai- Bruna, minha querida. Eu não...
Bruna- Não o que? Quer saber? Não tenho tempo! Tchau.
Pai- Onde vai?
Bruna- Desde quando te importa? *saio de casa, e vejo Gui, parado em frente a mesma*
Guilherme- Tá tudo bem? Ouvi uns gritos.
Bruna- Tá sim.
Guilherme- Você... Cê tá chorando?
Bruna- Não *falo enquanto limpo umas lágrimas, tentando disfarçar*
Guilherme- Claro que está. O que aconteceu lá dentro?
Bruna- Meu pai...
Guilherme- Hum, entendi. Vem cá. *me puxa pelo braço, sem usar força e me envolve entre seus braços, fazendo um abraço aconchegante, que me tranquilizou* Vai ficar tudo bem.
Bruna- Ok, ok. Podemos ir?
Guilherme- Já decidiu pra onde vai?
Bruna- Não, posso ficar na sua casa hoje?
Guilherme- Olha, até pode, mas minha namorada tá lá.
Bruna- E o que que tem?
Guilherme- Nada não.
Bruna- Hum, tá. *entramos no carro*
Guilherme- Quer que eu ligue o ar?
Bruna- Não. Tô bem.
Guilherme- Bru...
Bruna- Oi.
Guilherme- É que...
Bruna- Fala. *ele não dizia nada, só olhava fixamente para meus lábios*
Guilherme- É que... Bom... Quer água?
Bruna- Era isso? Pra que tanto suspense?! Não quero, não. Muito obrigada.
Guilherme- Estilo Uber. *ri*
Bruna- É...

Bruna narrando:
Encostei minha cabeça na janela e adormeci. Estava com muito sono, nem percebi quando chegamos na casa do Gui. Quando acordei, estava num quarto. E ouvia uns gritos, cheguei perto da porta para ouvir melhor. Era a voz do Guilherme! E, pelo jeito, a menina era a Beatriz, sua namorada.

Guilherme- Como é?
Beatriz- Mas...
Guilherme- Mas nada Bia! Você me traiu! Foi a única coisa que eu pedi pra não fazer. A única! *ouço choros*
Beatriz: Amor, o Caio insistiu muito.
Guilherme- Que diferença faz? Quando você namora com alguém, pode aparecer qualquer um, MAS VOCÊ AINDA ESTÁ NAMORANDO. *ele berra*
Beatriz: Sim, claro. Está certo, eu vacilei. Mas e a "Bruna"? *eu?*
Guilherme- O que tem?
Beatriz- Vai me dizer que o senhorzinho agora não tem segundas intenções? Me poupe! Você sempre se coça quando vê uma 'mina'.
Guilherme- Hahahaha. Tá me zoando. Não posso ter amigas?
Beatriz- Claro que...
Guilherme- *interrompe* Ela está em um momento difícil. Precisa de ajuda.
Beatriz- Que se fo...
Guilherme- *interrompe novamente* Beatriz, sai da minha casa!
Beatriz- Mas, amor...
Guilherme- Não me chama de amor, tá tudo acabado.
Beatriz- Você vai baixar seu nível pra ficar com essazinha?
Guilherme- Sai logo daqui! *grita e depois ouço a porta bater*

Bruna narrando:
Meu Deus, o que eu faço agora? Aquela menina tem um ódio de mim e... Batem na porta, me tirando dos meus pensamentos.

Bruna- Entre.
Guilherme- Bruna *abre a porta*
Bruna- Oi, senta aqui.
Guilherme- *senta do meu lado* Pode me explicar o que houve agora?
Bruna- Então...

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