Me chamo Melanie, tenho 17 anos, mas quando eu fui diagnósticada com câncer no pulmão, tinha apenas 15 anos, desde então vivo em um hospital na Corea do Sul, vim para o outro lado do mundo porque na minha cidade não tinha o tratamento adequado, e minha mãe já havia conseguido um emprego aqui, quase não vejo ela, também não me importo com isso.
Estou nessa rotina a 2 anos, dois longos e cansativos anos.
Que vida patética não!?
2 anos e um dia.
Acordo as oito da manhã como todos dias desde que vim para esse hospital.
Assim que acordo minha enfermeira e amiga vem trazer meu café da manhã e os remédios.
Ainda me lembro de como nos conhecemos. Ela me trouxe os meus primeiros remédios, eu não queria tomar de jeito nenhum, mas por insistência dela acabei tomando.
Ela diz que tenho o humor de um velho de 80 anos, vive dizendo que sou rabugenta e que deveria sorrir mais.
-Como minha paciente preferida está se sentindo hoje ?- diz Samanta com um sorriso enorme no rosto.
- Estou como todos os dias Samara, com dor.- digo enquanto sento na minha cama.
- Oque aconteceu dessa vez?- disse enquanto colocava a bandeja do café e sentava na ponta da cama.
- Eu tive uma tosse que nao parava por nada.- disse com a boca cheia por causa do pão.
- Mas agora está tudo bem?- disse ela preocupada.
- Sim, não sei para que se preocupa tanto, eu só tenho quatro meses e trinta dias de vida.- disse enquanto tomava um gole de café.
- Sabe que você tem chances de conseguir um transplante de pulmão né?!
- Só que para isto, eu preciso que alguém da Corea morra e também seja O -, coisa que é bem difícil por aqui.- disse olhando para ela.- Ah e também tem a questão do meu corpo aceitar ainda.
- Você precisa ter um pouco de fé Melanie, você irá sair daqui, vai ter uma vida, um namorado, essas coisas.- diz sorrindo para mim.
- Como alguém iria namorar comigo, eu uso tubos de oxigénio, eu vivo em um hospital.- disse sem humor.
- Acredite um pouco mais no amor Malanie, pois uma hora ou outra ele irá aparecer.- ela se levantou e foi até a porta- Até mais tarde rabugenta.- sorriu para mim.
- Até Samanta.- disse já sentada na cama.
Então ela saiu do quarto me deixando sozinha com meus pensamentos.
"Imagina alguém se apaixonar por mim, que coisa idiota,quem iria querer namorar com uma garota doente, quase morrendo."- pensei.
Levantei e fui até a janela obsevar o jardim, eu gosto dele, tem várias rosas, gosto de como o cheiro delas exalam na primavera.
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Oii gente, então os próximos capítulos serão maiores e com mais diálogos...
E mais uma coisa, eu vou colocar no começo dos capítulos o tempo de vida dela.
