O que foi que eu fiz?
Minha boca estava seca e meu pulso era sentido no meu pescoço, quase rompendo a artéria.
Eu estava arfando, não sabia o porquê que estava assim. Não tinha acontecido nada demais, apenas tudo que eu nunca imaginaria que pudesse acontecer.
Eu andava de um lado para o outro dentro do meu quarto, meu corpo tremendo.
Eu tinha enviado a mensagem.
Ele tinha recebido e por sorte não tinha visto. Ele estava trabalhando, não poderia ver.
Contudo, quando ele chegasse o que aconteceria? Ele poderia ter várias reações e uma pior que a outra. Será que eu estava preparado para uma explosão? Ou para uma exposição? Será que ele teria coragem de me expor? Já estava na hora de tudo vir à tona? De todos saberem que eu sou uma farça? De que não sou quem sempre disse que fosse?
Não, chega! Eu precisava extravasar isso, essa inquietude.
Eu preciso beber.
Peguei o celular e disquei rapidamente para Becca, chamando-a para ir ao nosso lugar. A colina.
Ela disse que tudo bem e perguntou o porquê que eu estava tão eufórico, então respondi que era algo relacionado ao Harry e que quando chegássemos lá explicaria, ou melhor, mostraria tudo.
Ela confirmou. Disse que de umas 17 horas estaria saindo de casa e pegaríamos o mesmo ônibus, porque o que eu pegava passava perto da casa dela.
Tomei um banho rápido e vesti uma calça e camisa qualquer. Eu não estava raciocinando.
Contei o que tinha acontecido para Sasha e ela ficou tão impressionada quanto eu, dizendo que eu tinha a escolha certa e que tudo ia dar certo e todas as outras coisas que poderiam me consolar.
Mas nada estava me acalmando.
Eu estava mais preocupado com a reação, resposta dele. Eu meio que sabia mais ou menos qual seria, mas o meu "e se" não me deixava na mão.
Grandes possibilidades. Infinitas. Como uma galáxia. O universo.
Terminei de calçar o tênis e de colocar perfume. Avisei a minha mãe que iria sair com Becca e que talvez voltasse um pouco tarde. Ela não fez muita questão dessa vez e eu saí.
Chegando perto da parada de Becca, liguei para o seu número e lhe informei que já estava próximo, e pude ver ela falando ao celular. Ela sentou ao meu lado e nós conversamos, eu dando uma pequena introdução do que estava por vir.
Ela agarrou meu braço e juntos escutamos a músicas pelo meu celular, rindo de vez em quando pela minha playlist ser tão sem sentido.
Eu me sentia infinito com ela.
Igual o Charlie de As Vantagens de Ser Invisível.
Ela me fazia ver as coisas diferentes, pensar diferente e enxergar pelo ângulo dela. Eu aproveitava cada momento que eu podia com ela, antes de talvez eu cair em choro.
Se bem que eu sou muito difícil de chorar em público, mas não é impossível de acontecer.
Chegamos a colina e logo senti a agitação dos jovens.
A colina era um não tão alto espaço de terra onde se encontrava um dos maiores e mais conhecidos supermercados da cidade. E na frente dele, de frente para a rodovia, o morro de terra era um pouco ingrime e os jovens podiam sentar lá e aproveitar a vista da cidade. Além de comer e se pegar.
Eu e Becca entramos no supermercado antes e escolhemos nossa bebida.
Eu peguei 3 garrafas de sminorff e Becca pegou duas. Acompanhos de pipoca e chocolate.
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I Saw Galaxies In Your Eyes - Larry Stylinson » Short Fic
FanfictionEu me apaixonei por você desde a primeira vez que te vi. Eu deveria ter te esquecido com o tempo, ter parado de sofrer, ter parado de te amar, mas nada adiantou. Será que agora preso estou? ΦΦΦ História de minha autoria. Plágio é crime e feio. Po...