Capitulo 2 ( a chegada no inferno )

13 1 0
                                    

Não podia ser, eu vou morar ali, não acredito, eu quer apenas morrer nesse exato momento Jesus porque comigo, deço do carro e uma mulher com um vestido, meias grandes nos pés e um chinelo de cada cor sai descabelada de dentro da casa e vem a meu encontro me abraçar.
Seu cheiro era insuportavel, suas axilas fediam, seu alito era assombroso e um odor de cachaça com cigarro saia de sua boca credo.

- Rebeca ocê chego cedo em fia? Como cê é bunita, e esse cabelo Cruiz que cabelu bem iscurrido quem me dera ter esses teus fio no meu porongo, entra criatura de Deus vem vou ti mostra onde tu vai durmi! - ai meu Deus não intendi uma palavra que a mulher falou seu sotaque é caipira, e seu português não reconheço oque é porongo?

Entro na casa e um cheiro otimo de comida invadiu minhas narinas pelo menos isso, a casa por dentro era grande cheirosa e arrumada.
A assistente social entra na casa deixa minhas coisas na porta e vai embora.

- Diogo! - a mulher da um grito estridente ao meu lado fazendo meus ouvidos doerem com tal berro. - Luciane! Katrina! - a mulher continua gritando.

- Oxi mãinha, que tu queres me chamando desse geito tava fazendo minhas unha dos garrancho dos pé. - uma menina loira entra na sala usando uma mine blusa e uma mini saia.

- vem cá conhecer tua nova irmã, seja boa cum ela que a mãe dela morreu agora que tristeza rapariga.

- Curiz mãe essa sombra preta é minha irmã? Jesus cristo porque andar de preto assim Beca? - menina me pergunta.

- Talvez porque eu to de luto por minha mãe ter acabado de falecer. - respondo pra ela rigidamente a fazendo me olhar e botar a lingua pra fora que criansiçe.

- Oxi não ta mais aqui quem falo! - a garota responde terminando de pintar as unhas de verde azul e amrelo pelo visto ela quer carregar a bandera do Brasil na mãos.

- Que tu que muie? - um homem entra sujo de sangue e penas na sala

- Vem cá conhecer nossa subrinha Beca.

- prazer Breca.

- Perdão é Beca! - corrijo o homem.

- Ata entendi agora é Broca!

- Não tio é Beca! - falo a ultima palavra gritando.

- ata agora sim tu esclareceu meus neuronio é Breca.

- Deixa pra lá - falo revirando os olhos.

- Katrina !  Vem cá desgraça! - minha tia continua gritando. Esse menina.
Ninguem havia me falado sobre ela.

- pera ai que eu vou buscar ela! - o homem fala saindo da sala.

- Tia quem é Katrina? - pergunto para minha tia.

- É uma bastarda igual você vocês vão se dar bem tem o mesmo estilo. - Luciane me responde.

- Cala boca Luciane não chama a rapariga de bastarda vão lá salpicar a galinha que teu pai mato pro churrasco de hoje a noite. - minha tia chinga Luciane.

Derrepente meu tio entra com uma menina que parecia ter a mesma idade que eu 16 anos, e vestia uma roupa igual a minha, o unico problema é que ele a trazia a força pelos cabelos.

- Larga ela! - ordeno a ele.

- não gostei de você menina, nal educação pra mim não tem geito vou te dar uma surra rapariga. - ele fala vindo em minha direção com um cinto.

- Encosta em mim que eu ligo agora pra policia e você ganha uma viajem gratuita de carro, ou melhor de viatura daqui até o presidio, vai querer me bater ainda? - pergunto pra ele que bota o cinto na calça de volta.

E sai bufando para a rua.

- Vem vou te levar pro nosso quarto! Katrine me fala, subindo as escadas.

Subimos as escadas juntas levando as malas ela levou minha guitarra.

- então você toca guitarra? Curte rock? - ela me pergunta abrindo a porta de um quarto simples com duas camas.

- Sim e Sim e você toca algum estrumento e curte rock? - pergunto para ela que já fazia o mesmo que eu dobrando e guardando as roupas no roupeiro enorme de madeira cheio de repartimentos.

- Sim e Sim, toco guitarra mas essa gente que eu odeio vendeu minha guitarra por 10 reais pra comprar bebidas alcoolicas se eu fosse você esconderia.

- Você mora com eles a quanto tempo? - pergunto para ela que senta em uma das camas.

- desde que meus pais morreram a 1 ano. - eles estão me criando apenas pela mesada de 2000 que ganho todo mês. - ela conta.

Fiquei em silencio, e olhei para o braço de Katrine havia varias cicatrizes e marcas estranhas.

- Oque é isso no seu braço? - pergunto para ela que esconde com a camiseta e termina de arrumar as roupas no roupeiro.

- É apenas minha historia de vida, são cortes! - ela responde.

- Você faz multilação? - pergunto espantada.

- Todas as noites. - ela responde e quando eu ia fazer outra pergunta ela me atrapalha.

- oque é isso? - ela pergunta seguranto o panfleto sobre o acampamento de musicos.

- É apenas um acampamento de verão onde passamos as férias de verão competindo com varias bandas de rock/pop. O onibus sai amanhã pela manhã na rodoviaria das cidades Slook, Jhany Cyty, Port- the- Luksd e Jhom Board.

- Então a uma chance de irmos?

Sim havia uma chance de irmos, só precisavamos convencer nosso tios retardados.

- Sim há uma chance de irmos só precisamos convencer os caipiras e comprar uma guitarra para você mas isso é o de menos.

- Então oque estamos esperando para ir convencer eles?

(...)

- De geito maneita ocês vão pra esse tal acampamento ai não!. - minha tia falava sentada a nossa frente e ao lado de Diogo e Luciane.

- Mas olha pelo lado bom tia, vocês vão ter um grande lucro durante 3 meses vocês terão duas bocas a menos pra limentar, a agua e a luz virão mais baixa e sobrara um dinheirinho para a cachaça de vocês! - Katrina tentava convencer eles.

- Olhando por esse lado não vejo problema nenhum de cês irem, podem ir pro acampamento meninas.

Katrine e eu comemoramos, e saimos para comprar a tal guitarra, compramos e voltamos para casa cedo, jantamos frango assado e fomos para a cama, foi ai que me senti pra baixo, naquele momento eu tava sozinha eu sentia falta de tudo ninguem sabe o quão dificil isso ta sendo, senti vontade de chorar mas não chorei, fui ao banheiro e ensima da pia tinha uma gilete peguei-a e levei para o quarto eu não tinha coragem de fazer aquilo, mas aquilo me ajudaria, eu sei disso...

Me sentei no chão e fiz um corte profundo o sangue escorreu em meu braço, a dor veio mas não apagou meus pensamentos então fiz mais cortes, e a dor tomou conta de meus pensamentos me fazendo os esquecer e adoecer.

Me acordei cedo, acordei Katrina, guardei a lamina, em minha mochila peguei o dinheiro que havia me restado peguei minha guitarra e fui  para a rodoviaria com Katrina, havia varios meninos e varias meninas aguardando o ônibus.

- Olá! - dois meninos se aproximaram da gente.

- Eae ! - Katrina e eu respondemos ao mesmo tempo.

- Eu e meu amigo vimos que vocês tocam guitarra, eu toco violão e meu amigo bateria, e a nossa banda ta incompleta gostariam de entrar pra ela? - Meu Deus aquilo era a unica coisa que faltava pro meu dia melhorar. Os olhos de Katrina estavam brilhando. E provavelmente os meus também..

O Diário De LilyOnde histórias criam vida. Descubra agora