Azul sempre foi a cor do domingo
Tristeza a cor do destino
Caminho que nunca faltou
Dos lagos escapo
Dos sonhos afago
Como um copo que sempre afogou
Copo esse que mata
Que cega a alma
E alimenta a ilusão
Dos pobres e invisíveis
do indivisível coração
Que agora chora
Numa fria tristeza de verão
Que é quente no inverno
Como neva no inferno
E dança em solidão
Solidão compartilhada
ora quieta,
ora calada,
Mas sempre solidão
Que a tristeza tão abastada
Não me encha de ilusão
Ilusão que dura um ano
ou um milhão
Mas sempre triste
Triste solidão
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Projeto Poesia
PoetryPoesia feita com o coração para corpos de almas quentes e mentes amplas.