Viva

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Ouço a porta, era a mãe de Frank.
—Sam! —Olhei para ela, meu Deus! Eu havia encontrado alguem que estava sofrendo tanto quanto eu.
—Sra Fenerix!
—Ah! Sam, vim aqui para pegar algumas coisas de Frank que eu queria. —Ela me olhou limpando os olhos.
—Claro, pode ficar a vontade.
     Ela pegou algumas fotos dele, pegou algumas roupas, era tão difícil ver aquilo tudo.
—Sam? —A olhei e ela me entregou um dvd.—Frank gostaria que você ficasse com isso, e a gravação do dia que fomos para o Havaí. —Peguei o dvd, e ela saiu pela porta e a fechou.
     A gravação do Havaí foi quando Frank me pediu  em casamento, so de lembrar as lagrimas se juntaram e começaram a cair dos meus olhos, eu tinha tudo, e agora não me restou nada.
     Coloquei o dvd, sentei-me abraçada com uma foto de Frank junto ao meu peito, quanto carinho e quanto amor a gente tinha um pelo outro, eu chorava ate não poder mais.
     O telefone toca e eu decidi atender, era mamãe.
—Samantha?
—O que mamãe?
—Em meia hora estou ai para ti levar para o enterro ta bom?
—Ta. —Minha voz saiu rouca e baixa, desliguei e comecei a chorar, a unica coisa que eu sabia fazer.
     Mamãe chegou e não acreditou que aquela seria eu, em tão pouco tempo ficar tão acabada.
—Meu amor eu falei que era para você estar arrumada .
—Mãe eu estou arrumada!
—Não esta não Sam.
—Mãe por favor, a gente vai em um enterro, no enterro do meu marido eu não estou com a mínima vontade de ficar bonita, para que? Os olhos que mereciam me olhar, não se abrem mais, eu não quero me arrumar. —Eu estava de pé e cai ajoelhada no chão, chorando.
—Meu amor calma. —Mamãe se ajoelhou também e me abraçou forte, era um abraço maravilhoso, não tinha outro igual, mas do que eu precisava era do abraço de Frank, mas não era possível naquele momento, aliás, nunca mais seria possível.
                   *       *        *

     Depois de duas semanas após o acidente, não tinha mudado nada, eu ainda estava de luto, parecida que aquela dor não passava, e eu também não queria que passasse, se passasse eu iria esquecer Frank e eu não queria isso. Minhas amigas iam me visitar todos os dias levando algo para comer, mais não adiantava meu estômago não aceitava nada.
—Amiga, como você está hoje?
—To indo. —Elas se olharam e sabiam que eu não estava nada bem.
—Porfavor Sam coma hoje, você vai parar no hospital.
—Não tem poblema eu ir parar no hospital, se eu morrer também não faz diferença.
—Amiga, porfavor não fala isso, você tem que viver sua vida, Frank não iria gostar de ti ver assim.
—Viver a minha vida Jessy? A minha vida era o Frank, e ele morreu, acabou a minha alegria, EU NÃO QUERO MAIS VIVER.
—Calma, a gente te ama, so queremos ver você feliz de novo.