desmorona lentamente
com essa sujeira mundana
e a corrupção dos corpos
eu me desfaçoos dias ficando escuros
perdendo noites em claro
revolução no caos ao fim
eu me desfaçoestrangulando a alma
incessante sufoco que não mata
mas me leva aos poucos
eu me desfaçosão passos no escuro
de olhos que já não enxergam mais
ou preferem não ver
eu me desfaçoa cada segundo
eu me desfaço
a cada toque
eu me desfaço
a cada despedida
eu me desfaço
a cada reencontro
eu me desfaçopara não partir
eu me desfaço
e refaço
e tento, antes que tarde;
recuperar me de cada feito