A promessa!(Prólogo)

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Dez anos atrás...
Juliana e Daniel brincavam na casa de Juliana, e de forma inocente Daniel diz.

-Ju, eu quero casar com você.
-Eu também. Eu tive uma idéia, vem comigo. Diz ela.

Os dois correm até o quarto de Juliana, ela pega uns anéis de brinquedo, que havia ganhado, na festa de uma amiguinha. Logo depois, puxa Daniel pela mão, até a cachoeira que tinha atrás de sua casa , como morava em uma chácara, correram pelo meio das árvores, chegando lá, os dois param, e de frente para cachoeira ela diz.

- Da, vamos nos casar? Eu vi em um filme como é.
- Vamos, Ju. Como é?
- Pega minha mão e diz, eu aceito casar com Juliana, e coloca esse anel no meu dedo.
- Tá, Eu aceito casar com você Juliana. Ele coloca o anel no dedo dela. E agora?
- Agora eu falo. Eu aceito casar com você Daniel. Fala colocando o anel no dedo dele.
- É só isso? Pergunta ele.
- Ah, tem mais uma coisa. Falta o beijo.

Então apesar de muita vergonha, Daniel e Juliana trocam uma bitoca. Depois disso falam.

- Eca, que nojo. Não vamos mais fazer isso. Diz Juliana com as bochechas vermelhas.
- Não mesmo. Diz ele com o rosto rosado e meio tímido. Mas agora estamos casados?
- Sim, estamos. Afirma ela.
Nesse momento a mãe de Juliana chama eles para comer.

E assim nessa brincadeira que tudo começou, duas crianças de apenas seis anos, que não sabiam o que era casamento, mas estavam descobrindo naquele momento o amor, e o valor de uma promessa feita com sinceridade. O tempo foi passando e cinco anos depois surge uma nova promessa.

-Juliana, eu juro que sempre, sempre vou te amar. Minha vida toda, todos os dias. Prometo casar só se for com você e nessa cachoeira, onde tudo começou. Diz Daniel quando tinha onze anos.
-E eu prometo que vou te amar para sempre e que você é meu primeiro e único namorado.

E novamente se dão um selinho, mas agora com menos nojo e mais vergonha. A partir desse momento os dois não se desgrudavam mais, começaram namorar escondido e quando completaram quatorze anos decidiram que iriam pedir para os pais de Juliana para namorar em casa. Ele pede então para que Juliana marque uma janta na casa dela, para que ele conversasse com seus pais.

****
O dia da janta!
Os dois estavam muito nervosos, com medo do que eles iriam dizer, até o momento eram só amigos perante os pais dela. Assim que terminam de jantar, ele cria coragem para falar.

-Bom eu queria falar, que já faz um tempo que eu gosto muito da filha de vocês e queria pedir para vocês para namorar com Juliana. Diz ele gaguejando e tremendo muito, pois sabia como eles eram rigorosos.
-O que? Você só pode estar brincando, vocês são ainda duas crianças. Nem deviam estar pensando nisso, parem de besteira. Eu não vou permitir isso. Diz a mãe de Juliana, muito brava com o que ouviu.
-Calma, Esther. Diz Ângelo, para sua mulher. Já faz um tempo que percebo que vocês se gostam, apesar de odiar a idéia de ver minha filhinha namorando, assim tão novinha. Eu não vou proibir, pois seria pior, namorariam escondido. Diz o pai de Juliana.
-Obrigado, seu Ângelo eu prometo que vou cuidar dela e que não vamos fazer nada errado. E dona Esther, eu sei que somos muito novos ainda, mas não existe idade quando se ama. Eu prometo que não vou desapontar a senhora, apesar de sermos de classes sociais tão diferentes, vou me esforçar todos os dias para ter um futuro digno, para sentirem orgulho de quem sou. Sua filha é como um diamante e irei tratá-la como tal.
-Saia da minha casa garoto! Diz Esther. Podem até namorar, mas minha permissão nunca vão ter, e no que depender de mim vou fazer de tudo para que não fiquem juntos.

Ele sai em silêncio e Juliana vai atrás dele, pede desculpas e diz que não importava o que a mãe dela disse, o que importava é que se amavam e iam ficar juntos. Depois de um beijo carinhoso ela volta para casa, e ele vai para sua.

*****
Dias atuais..
Tudo parecia que daria errado mas eles insistiram e dona Esther acabou por parar de implicar com o relacionamento dos dois, mesmo achando que ele era um pé rapado e que não merecia sua filha. Tudo parecia maravilhoso, eles estudavam juntos e nos finais de semana um passava na casa do outro.....

O reencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora