O Samba

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No começo, era no morro
Era moleque e travesso
Das autoridades era avesso
Porque era de pobre e de preto.

A Patricinha caiu nas graças
Pro sinhozinho, só tem ladrão
Quando havia polícia
Ia parar na prisão.

Seu gingado era malandro
Seu toque, uma batucada
Quando o coro comia
Rapaziada nenhuma ficava parada.

Veio do negro e de morro sim
Uma excelente contribuição cultural
Esse, que outrora era menino,
Hoje, no mundo tem muita moral.

No passado, era mal visto
Mas, do morro passou pro asfalto.
Quem com ele convive
Se alegra, canta e dança
No terreiro dos bambas
E ninguém se cansa de curtir
Esse meu compadre - o samba.

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