Perigoso Sedutor - Série Irmãos Levinsk

Prólogo

ATENÇÃO: Antes de tudo, este livro vai ter cenas pesadas, que, infelizmente, acontece no nosso cotidiano, porém não enxergamos. Essa história poderá ser um tanto clichê e romântica, ou, simplesmente não. Para você saber, terá que acompanhar. Não se esqueçam de votar e comentar, ok?
Isso vai me incentivar bastante! Amo vocês!

                    Annabel Masrh

Três anos antes...

O silêncio zumbia alto nos meus ouvidos, enquanto meus pensamentos caminhavam inseguros para algum lugar distante.

Encarei a noite que reinava obscura sobre os céus pela varanda, o vento balançava meus cabelos negros e abraçava meu corpo com carinho, causando leves arrepios.

Fechei os olhos por breves segundos, sentindo ainda as luzes coloridas piscando através das minhas pálpebras fechadas. O movimento do meu peito oscilavam conforme buscava ar. Fios finos e leve de suor escorriam quase imperceptíveis por entre sobrancelhas unidas.

Inspira.

Expira.

O ódio rastejou lentamente para dentro de mim, como um réptil alucinado. Pontadas sutis de compressão trabalhavam na minha consciência escura.

Como deixei ser tanto tempo enganada? Estava comprovado o quanto estúpida, ingênua e burra eu era. Meu próprio irmão tinha enganado-me por anos! Inventando desculpas esfarrapadas, eventos que não acontecia. Por que não consegui ver a tempo?

Alec sempre foi um menino bom. Desde de criança, preocupava-se em ajudar alguém que precisasse. Sempre estava com um sorriso no rosto, felicidade era a única coisa que não faltava-lhe. Cresceu e continuou com a mesma essência.

Até conhecer ele. Maldito filho da puta. Dimitri Levinsk.

A pior espécie que já foi concebida ao mundo. Frio. Calculista. Um controlador nato.

— Bel? Está me escutando? — Alec chamava minha atenção pela segunda vez.

— O que vamos fazer? — indaguei, sentindo minha voz falhar, evidenciando a vontade assustadora de chorar.

Odiava chorar. Pois dizia o quanto eu era fraca.

— Vamos entrar. — segurou gentilmente pelo braço, arrastando-me para dentro do apartamento.

Suas mãos estavam firmes na base do meu ombro, conduzindo-me até o sofá. Alec sentou-se e puxou-me para o seu colo.

— Não se preocupe, Bel. Eu vou resolver. — murmurou, mexendo levemente no meu cabelo. — Vou conseguir. Confia em mim.

— Como, Alec? — indaguei, irritada. — Não vai conseguir se livrar tão fácil assim. O que tinha na cabeça quando se resolver fazer isso?

— Alguém tinha que fazer, Annabel. Já passa da hora daquele canalha ir pra cadeia! — respondeu, com os olhos fixos na televisão desligada. — Nunca quis envolver você.

Alec tinha cometido a estupidez de roubar uma carga da empresa de Jóias Levinsk, além de saquear alguns contas e informações valiosas. Todos sabiam o quanto Dimitri era podre, sujo e chefe de uma das maiores organizações mafiosas do mundo.

Era um homem sem coração. Frio como gelo. E quando se tratava de dívidas externas ou ameaças que afetavam a sua imagem, resolvia por conta própria.

E o único fim era a morte.

Ele mataria meu irmão sem piedade.

A essa altura já deveria ter conhecimento do que havia acontecido. Não demoraria horas para que viesse resolver.

— Eu só tenho você, Alec. Entende isso? Não quero te perder.

— Você não vai, baixinha. — sorriu, mostrando seus dentes incrivelmente brancos. — Ainda terá que me suportar por muito tempo.

Meu irmão era a definição de beleza. Pelo menos ele acreditava nisso. Por onde passava arrancava suspiros da população feminina como seu charme e olhar sedutor. Uma herança bastante generosa herdada dos nossos pais.

Remexi-me mais uma vez no seu colo, observando sua fisionomia. Seus olhos azuis claros caíam perfeitamente sobre o seu rosto, dando-lhe um charme especial junto com alguns fios rebeldes fora do lugar.

— Anna, apesar de ser seu irmão, eu também sou um homem. — chamou minha atenção, segurando meus braços para ficar quieta. — Então, se continuar remexendo-se no meu colo, vai ter que lidar com o meu pau duro.

Soquei seu braço com a maior força que consegui, abismada. Alex ria provavelmente da expressão que fiz ao escutar suas palavras. Nunca me acostumaria como esse seu lado.

De um safado completamente sem vergonha.

Arregalei os olhos quando senti algo seu membro duro encostando na minha bunda. Deus! Meu irmão estava... Oh! Céus!

Saltei do seu colo, assustada. Que merda aconteceu? Eu tinha acabado de deixar meu irmão duro?

Meu irmão? Alec?

— O que foi? — Alec começou a rir do meu lado. — Nunca viu um homem duro, irmãzinha?

— O quê? Claro que sim, Alec! Mas, você é meu irmão! — afirmei, ainda incrédula. — Sabe o que eu acho? Falta de sexo! Irmãozinho, está na hora de você procurar alguém para se aliviar!

Estava caminhando em direção da cozinha quando a porta foi aberta brutalmente, revelando a figura que mais temia em toda minha vida, a pessoa que odiava com todas as forças.
O homem que destruiu a minha vida.

Que estilhaçou-me.

E mudou minha vida.

Dimitri Levinsk.

•••

Se você estiver pensando que é uma nova atualização e está relendo, deve ter se perguntado o que aconteceu? Bom, deixa eu explicar: antes o capítulo estava entitulado com capítulo 1, porém, devido alguns circustância, resolvi colocá-lo como Prólogo. Ok? Entenderam?