Ninguém pode fazer nada

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[Chanyeol]

Eu acordei sentindo meus olhos pesarem e imploraram para que eu voltasse a dormir. Sentei-me lentamente na cama e assim que o fiz senti minha cabeça pesar, me fazendo gemer de dor. Eu estava de ressaca.

Levantei da cama e fui em direção ao banheiro. A cada passo que eu dava uma dor incomoda se fazia presente em todo meu corpo. Assim que cheguei ao cômodo, tirei minha boxer, e entrei embaixo do chuveiro para tomar um banho rápido.

Assim que terminei, saí do banheiro e fui me vestir. A água quente do chuveiro fez as dores corporais sumirem, porém, a dor de cabeça ainda permanecia intacta. Quando terminei de me vestir, colocando uma boxer, uma calça simples de moletom cinza e uma blusa azul escura, resolvi descer para tentar tomar meu café da manhã.

Não era tarde, pelo contrário, ainda eram nove e meia da manhã, o que queria dizer que eu ainda poderia fazer todas as refeições. Enquanto eu andava pelo corredor indo em direção à escada ouvi uma porta se abrir, do meu lado esquerdo e vi meu irmão apenas de boxer e com a expressão sonolenta, saindo do seu quarto de "diversão". Olhei para dentro do cômodo e como esperado não tinha ninguém.

– Dormiu sozinho de novo? – Perguntei ao alfa à minha frente e vi o mesmo rir e me encarar.

– Sabe que não durmo com ninguém. A gente se diverte, faz o que quer e depois disso vai cada um para o seu lado. Dormir com alguém é algo muito íntimo para mim e eu não me sinto apegado a ninguém para fazer isso. – Falou rindo.

– Claro, você não gosta de ninguém. – Eu falei divertido e ele concordou com a cabeça.

– Vou dormir na minha cama agora. – Disse simples indo em direção ao próprio quarto e entrando no mesmo. Jungkook nunca ficava com ninguém no quarto dele, por isso tinha um segundo só para suas aventuras sexuais. Ele nunca se envolve com ninguém e por isso não faz esse tipo de coisa na própria cama.

Deixando o meu irmão de lado resolvi voltar a fazer meu percurso até o andar de baixo. Comecei a descer as escadas lentamente e de onde eu estava eu tinha uma vista perfeita do sofá da minha sala. Sehun estava sentado no mesmo e cobria o rosto com as mãos. O ômega deve ter dormido aqui e assim como eu, está de ressaca. Aproximei-me do mesmo e me sentei ao seu lado.

– Bom dia, Sun.

– Não me chama assim. – Ele reclamou. – E bom dia.

– Já comeu alguma coisa?

– Se eu colocar qualquer coisa no meu estômago antes de tomar um remédio para dor, eu vou acabar colocando tudo para fora. – Ele falou de forma manhosa.

– Vou pedir para trazerem remédios. – Falei respirando profundamente.

Quando eu ia chamar alguém o som da campainha soou pela casa. Uma das empregadas foi rapidamente atender a porta e assim que ela abriu a mesma eu senti como se estivesse entrando em um pesadelo acordado. Luhan entrou na minha casa com uma expressão irritada no rosto. Fazia um tempo que eu não via o ômega, agora com o cabelo verde. A última vez que o vi, foi há alguns meses, em uma reunião da empresa dos nossos pais.

O ômega e eu, quando menores, éramos melhores amigos, porém conforme o tempo foi passando nós dois nos distanciamos. Ele nunca gostou dos meus amigos e confesso que antigamente Sehun, Yifan e Zitao não eram exatamente boas pessoas com quem não conheciam, mas agora eles mudaram e se tornaram pessoas melhores, arrependidos de seu passado, só precisava ter paciência e procurar os conhecer de verdade, mas o ômega nunca deu chances. Ele sempre os julgou pelos seus erros e julgava todos do meu grupo por conta disso.

– ONDE ELES ESTÃO? – Luhan esbravejou. Eu senti minha cabeça latejar por conta do grito do ômega.

– Bom dia para você também. – Eu falei entre dentes.

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