No momento em que recebo a liberação para finalmente deixar o hospital, Paulo Bruno ainda estava lá.
Descubro naqueles dias o tamanho de sua importância para mim. Para o sentido de minha vida. Entretanto, diante de tamanha gratidão, passava a me irritar com seu jeito exageradamente cuidadoso.
— Meu deus! Que mico!
Bato com as mãos contra suas gigantescas costas. Eu sei, aquilo não era nada dolor para quem está acostumado com pancadas fortes e precisas dentro de campo, mas, tentava ao mínimo me defender de ser tratada como vidro. Pelo menos para manter a dignidade de que tentei contraria-lo. "Você ainda está fraca." Ele afirma. Rindo.
— Paulo Bruno Exequiel, eu ordeno que você me coloque no chão! Eu não sou um bebê!
— Você ser o meu bebê, não conta?
Fecho os olhos, inacreditada.
Estou não apenas sendo motivo de piada e diversão para as pessoas que aguardavam no hospital, também estava sendo motivo de zombaria para ele.
Maldito, Dr.Harriet! “Tente não fazer muito esforço até que seu corpo se readapte a sua vida comum” Disse ele, o médico, bem na frente de um garoto de espírito extremo genioso.
Desde tal pedido, Paulo então está agindo feito um louco dramático.
— Deixe-me andar, Paulo! —imploro, no extremo da vergonha ao ultrapassarmos o saguão medianamente cheio.
É Paulo Dybala. escuto o burburinho de alguns homens e recordo-me estranhamente da fama repercutida mundialmente daquele rapaz que me carrega pelos ombros.
— Devo desistir? —eu pergunto, cansada. Ele para de andar e solta uma risadinha comemorativa. Finalmente. Eu penso, mas ele novamente volta a andar comigo erguida em seus ombros até o seu carro.
— Você pode me levar na pensão primeiro? —questiono e ele me lança uma carranca intrigada. — Eu sei que te prometi ficar uns dias com você, mas, não posso ficar para sempre vestida nisso, Paulo. Agora que passei tantos dias sem um banho, irei valorizar cada momento que o poder tomar.
Sua boca se move por um mínimo instante, prestes a produzir algo que parece morrer ao tocar seus lábios.
— É só você me dizer o seu número para vestimentas e terá tudo novo. De roupas à calçados — reviro os olhos.
— Não se trata de novo ou velho, Paulo. Se tratam de coisas que batalhei duro durante muito tempo para conseguir. Eu não posso simplesmente desfazer-me disso por agora ter você. Eu não quero que pense que estou com você por seu dinheiro. Eu realmente não me importo com isso e espero que saiba.
Ele ri.
— Dios... Você é tão impetuosa!
— Eu só não quero pagar de mercenária.
— Você não é. Eu sei disso —balança a cabeça — Escute, eu tenho dinheiro de sobra, e você, bem, você é a minha namorada. Eu realmente ficaria demasiado contente por pôder te dar tudo de melhor. Me faria feliz, sabe, Kat? Aceite, por favor.
— E se tudo isso, nós, acabar um dia?
— Bem, eu pelo menos acredito que combinaria muito usando vestidos.
Dou um tapa em seu braço, rindo.
Ele enfia a chave na ignição e me encara complacente — E eu realmente não gostaria de ver aquele cara mais uma vez. Juan.
Mordo o lábio. Confusa.
Tem isso. Penso em Juan, no cara que ele fingia ser, nas coisas ruins que ele me falou durante todas as vezes que discutimos e não quero mesmo vê-lo. Todavia, penso em Paulo Bruno, no quão gentil ele vem sendo, em seus olhinhos brilhantes que estão me olhando e... Ah! Eu não consigo lhe negar algo! Sou estupidamente devota.
— Tudo bem — suspiro. — Mas, por favor, são apenas alguns vestidos, Paulo. Nada mais que isso. Eu realmente não quero ser bancada por você ou por ninguém.
Ele sorri vitorioso.
— Vou te dar o mundo, Kat — ele brinca.
Quero iniciar uma nova discussão por suas palavras mas seu sorriso me mata. Estou estranhamente mais apaixonada do que pensei estar.
Ele volta sua atenção para o trânsito dividindo o seu toque entre o volante e a minha coxa. Bem, não estou lá em minha melhor fase mas sinto-me a mulher mais realizada de todas ao vê-lo me olhar com tanto amor e admiração mesmo sabendo que estou feito uma louca.
Pálida. Magra. Sem graça.
Mas isso não importa pois ele me olha como se eu fosse a pessoa mais bonita que já vira na vida e pergunto-me momentaneamente se não é ele que está louco da cabeça.
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KATRINA | DYBALA ✨
FanfictionPaulo nunca se importou com nada além de sí próprio; o destino o faz repensar suas atitudes após um acidente de trânsito. Copyright © 2017 | Jéssica Schweinsteiger.