Traição

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           Meu estômago embrulha ao ver aquela cena. Ela estava beijando seu assistente. Ao ouvir minha voz ela desce da mesa e arruma sua roupa.
(Heidi) Justin, eu posso explicar.
(Justi) Contra fatos não há argumentos, Heidi! Eu estou vendo. - Olho para o assistente dela - Você não era gay? Ah, claro que não. Você é amante dela e fingiram que você é gay para eu não desconfiar nunca que vocês têm um caso.
(Heidi) Como você deixa ele entra assim, Lisa?
(Lisa) Eu tentei impedir, mas ele estava furioso.
(Heidi) Furioso? Por que?
(Justin) Porque eu fui visitar sua avó! E sabe o que eu descobri? Ela não está com câncer. E descobri mais...descobri que você é louca e que me escondeu isso por quatorze anos.
             Ela arregala os olhos e me dá um tapa no rosto.
(Justin) Você mente para mim por quase uma década e meia, me trai e eu que mereço um tapa?
(Heidi) Acabou tudo!
(Justin) Você acha? Não, pensei que nosso namoro fosse continuar!
            Digo irônico. Outro tapa.
(Heidi) Sai daqui! Sai do meu escritório! - Ela diz gritando.
(Justin) Com prazer! Você tem dois dias para sair do meu apartamento.
              Viro as costas e saio. Funcionários, clientes, todo mundo olhava para mim. Heidi vai atrás de mim e me para no meio da recepção. Olho em volta e vejo todos nos olhando assustados.
(Heidi) Como assim você me dá dois dias para sair do apartamento?
(Justin) O apartamento é meu, Heidi! Eu o comprei e decorei com o meu dinheiro. Eu nem namorava você quando comprei aquele apartamento. Ele é meu e você vai sair dele.
(Heidi) E se eu não sair?
(Justin) Eu vou na polícia. Tenho como provar que o apartamento é meu. Está tudo no meu nome, o apartamento, as contas...tudo.
(Heidi) Eu não tenho para onde ir.
(Justin) Vai pra casa dos seus pais. Da sua irmã, pro diabo que te carregue, pro quinto dos infernos. Sei lá, não me interessa, só saia do meu apartamento. Dois dias, não te dou mais que dois dias. E se você não sair, eu vou na polícia. Eu tô falando sério, Heidi!
             Saio e deixo todos olhando para ela. Quando saio do prédio eu passo a mão na cabeça e respiro fundo. Olho no meu relógio e lembro que fiquei de ir até o apartamento da Jen dá um abraço de aniversário nela. Subo na minha moto e vou em direção ao apartamento da Jen. Paro na frente do prédio dela e vou andando até a rua de baixo, onde tem uma banca de flores. Compro o maior buquê de rosas vermelhas que tinha. Volto andando com cuidado para não estragar o buquê. Entro no prédio e o recepcionista já me deixa subir, Jen tinha avisado que eu vinha. Subo, paro em frente à sua porta, respiro fundo e toco a campainha. Ela abre a porta.

Porque você me amou Onde histórias criam vida. Descubra agora