Do Kyungsoo e Jongin tinham marcado de irem à um cinema, numa noite de sábado, para que o menor pudesse pedir o maior em namoro, mas essa última parde seria uma surpresa para Kai. Para o mais novo, eles saíriam apenas para se distraírem.
— Amor, vamos, estamos atrasados. Precisamos sair antes que minha mãe chegue. — Kyungsoo fala, terminando de colocar o terno para o tal jantar que teria programado para Kai. Tudo bem, o mais novo poderia até desconfiar das verdadeiras intenções do Do, afinal, quem vai ao cinema de terno e ainda obriga o quase-namorado a vestir um também? Mas, Kai talvez fosse um pouco lerdo, ou talvez acreditasse demais no seu baixinho para achar que tinha algum plano a mais por trás de tudo isso.
— Calma amor, estou terminando de arrumar o cabelo e já estou indo. — Kai fala gargalhando da ansiedade do menor.
Jongin sempre foi muito vaidoso, amava cuidar de seu cabelo e de seu físico, por mais que seu quase namorado falasse que não era preciso e que o amaria de qualquer jeito, ele insistia em sempre tentar ficar perfeito para o mais velho.
— Pronto amor, terminei. — o moreno diz terminando de arrumar sua franja enquanto ia até à sala onde Do estava.
— Uau, você está lindo. — Kyungsoo diz sentindo suas bochechas corarem, já que não era muito de elogiar. Jongin também sentiu as bochechas esquentarem com o elogio de seu baixinho.
Os dois saíram de casa e caminharam até ao cinema mais perto, que era umas duas quadras da casa do menor.
— Vamos assistir qual filme? — O mais novo perguntou um pouco confuso enquanto olhava para os cartazes de filmes.
— Vamos ver qualquer um da próxima sessão, eu só quero ficar ao seu lado, além do mais, eu estou começando a ficar com fome. — Kyungsoo comenta fechando os olhos e dando um sorriso completamente fofo.
— Okay então, tem um daqui alguns minutos, vamos comprar as entradas de uma vez para entrar? — Kai pergunta e dá um selinho no mais velho, e se conduz para o local onde deveria pagar.
Eles decidiram ver um filme de terror, Do Kyungsoo sempre foi muito medroso, mas topou, já que era o único mais rápido e porquê Kai só falava desse filme nos últimos cinco meses.
Quando o filme terminou o filme, Do já tinha dado uns cinquenta gritos de medo e se escondido atrás do quase namorado quase noventa e nove por cento do filme.
Então eles saíram do cinema, enquanto Kai ainda ria da cara de assustado do seu pequeno medroso, e foran para o restaurante da mãe de um amigo que era do outro lado da rua, em frente ao cinema.
Eles escolheram sentar em uma mesa perto de uma janela e com menos pessoas por perto, já que Kyungsoo não gostava muito de locais com aglomeração de pessoas.
Pediram os pratos desejados, mas Kim Jongin se surpreendeu quando em seu prato veio um pedido, no qual ele não acreditou no que estava escrito, mas antes mesmo de se questionar, ou abrir a boca para dizer algo, o Do não se aguentando de nervoso o pergunta:
— E então amor, aceita namorar comigo? — Do Kyungsoo diz se ajoelhando meio tímido na frente de Kai, tirando um par de alianças do bolso.
Quando Kai iria responder, Kyungsoo é acordado com sua mãe gritando da sala, dizendo que ele estava atrasado e que precisava ir rápido se quisesse chegar à tempo para o evento no restaurante da senhora Park.
Eram cerca de seis horas da tarde, e Kyungsoo percebeu que tudo era apenas parte de seu sonho, e claro, como não seria? Ele passava a grande parte do seu dia estudando, assistindo filmes ou dormindo. Era quase impossível conseguir alguém para namorar. O pequeno foi se arrumar correndo para ir à inauguração do estabelecimento da mãe de um dos seus melhores amigos.
Terminando de se arrumar ele ligou para Chanyeol e avisou que estava indo para o restaurante, e que era para ele avisar onde estava para, ficarem juntos.
No mesmo local havia um garoto moreno, alto e que vestia um terno, com uma franja impecável jogada ao rosto, e foi quase impossível não reparar os olhares que o pequeno Do trocava com o rapaz de pele beijada pelo sol no meio de tanta gente.
Aquele moço não lhe era estranho e ele jurava o conhecer de algum lugar, mas simplesmente ignorou e se deixou acreditar ser apenas coisa de sua cabeça, voltando para casa sem ao menos saber falar qualquer palavra que alguma pessoa havia dito no discurso de abertura, já que ele tinha passado seu tempo reparando o belo sorriso daquele cara bonito.
Entrando em seu quarto, sem sono, passou quase a noite toda tentando lembrar de onde conhecia o rapaz, sem encontrar qualquer resposta capaz de ajudá-lo.
Talvez era apenas algo do sua cabeça, quem sabe alguma paranóia, mas ele poderia jurar de pé junto que o conhecia.
O celular de Kyungsoo então vibra, era seu amigo Chanyeol.
Park Orelhas: eae satansoo
Park Orelhas: um primo meu disse que 'tá interessado em você, topa ir no cinema com ele? Tem um filme que ele 'tá falando tem uns cinco meses e que está pra lançar, acho que amanhã já está nos cinemas.
Park Orelhas: ele não para de me perturbar, perguntando sobre o baixinho bonito
Park Orelhas: Eu até achei que ele 'tava falando do Baek, mas aí lembrei que ele não foi
Kyungsoo: 'tá me chamando de baixinho? Eu sei onde você guarda sua coleção de hqs Park
Park Orelhas: Eu disse baixinho? Quis dizer que ele 'tava procurando o rapaz bonito que estava do meu lado
Park Orelhas: mas então, vai sair com ele?
Kyungsoo: Mas eu nem sei quem é, como vou sair com alguém que não conheço?
Park Orelhas: Segundo ele, vocês trocaram olhares hoje na inauguração do restaurante da minha mãe.
Kyungsoo: Nossa, não acredito, espera, sim, eu vou, com certeza, mas finge que não estou tão empolgado com isso.
Do não podia acreditar, só poderia ser outro sonho dele. Ele então, por pura criancice, se beliscou, apenas para saber se, novamente, era parte de um sonho, mas não, não era, e ele não sabia o quê fazer. Ele era sempre tão tímido, não sabia interagir, mas já começou a fazer mil planos para o dia seguinte, sem prestar atenção nas horas passando e quando foi conseguir adormecer já era madrugada.