Rosas Brancas

15- O Boy da Escócia Parte 1

BEATEA

Eu estava saindo da escola. Me despedi de todos e fui para casa, mas antes que eu pudesse chegar em casa meu pai me ligou e pediu que eu passasse no mercado para comprar café. Acho que ele percebeu que sem café eu não vivo, hehe.

Quando cheguei no mercado corri até onde fica o café. Eu estava casada demais para ficar mongando no mercado. Andei até o caixa toda animada porque voltaria para casa logo. O grande problema foi que só tinha um único caixa aberto, a fila não estava grande, mas mesmo assim estava demorando. Fiquei uns 30 minutos só para chegar perto do balcão, imagina para passar a compra. Eu fiquei com muita raiva do cara que estava no caixa. Cara ridículo. Fica demorando para atender o povo.

Quando FINALMETE cheguei no caixa joguei o pacote de café no balcão. O caixa tinha um sotaque europeu meio estranho, mas era bom de ouvir. Ele não era tão alto, mas era mais do que eu (o que não é tão difícil). Ele parecia ser uma pessoa bem carinhosa pela maneira que ele tratava seus clientes, mas isso não amenizava o fato dele demorar muito para atender as pessoas. Ele falava coisas bem toppsters, mas isso só fez ele ficar mais fofinho, pois ele falou  "topzera" e a mulher com quem ele falava não entendeu nada da conversa, mas ela não parecia incomodada com aquilo. Ainda quero ir para casa. Moço, por favor, vai logo.

Caixa- Hey, parece que alguém não está de bom humor hoje.

Beatea- Na verdade eu estava até chegar aqui e ter que esperar 30 minutos para passar no caixa...

Caixa- Nossa, demorou tanto assim?

Beatea- SIIM! Eu cronometrei...

Caixa- Uau. Eu realmente não achava que demorava tanto assim, nenhum outro cliente reclamou antes. Me desculpe, vou tentar ser mais rápido da próxima vez. Você vai chegar aqui em menos de 10 minutos, mas é claro que eu não prometo nada.

Beatea- E como você sabe que voltarei aqui?

Caixa- Ué, você sempre vem aqui para comprar café. Você só nunca passou nesse caixa.

Beatea- Ele é observador ele. E aquele outro caixa fica perto da porta, é mais fácil de sair.

Ciaxa- Ela é pratica ela.

Beatea- Sempre... E não use minha própria piada comigo.

Caixa- Ok haha. Aliás, garota pratica... Eu ainda não sei seu nome.

Beatea-  E por que quer saber? Quer me stalkear?

Caixa- Por que eu te stalkearia?

Beatea- Sei lá. Você acabou de falar que eu sempre venho aqui comprar café. Vai saber o que mais saber de mim e o que pretende saber...

Caixa- Na verdade eu gostaria de saber várias coisas...   Bom, mas eu acho que no máximo você vai falar seu nome né? É que gosto de saber o nome das minhas clientes, ainda mais daquelas que gostam de café. É bem mais fácil e educado assim 😉

Beatea- Meu nome é Beatea. Gostaria de saber o seu, boy do sotaque que não sei nem de onde é.

Caixa- Olha, gostei desse nome, mas o meu nome é Dean. E o sotaque é escocês.

Beatea- Prazer Dean do sotaque escocês.

Dean- Prazer Beatea.

Admito até que ele é um cara legal. E eu chamei ele de ridículo, eu que sou a ridícula aqui. Ainda mais porque eu sai do mercado com um sorriso no rosto, mesmo não sabendo direito o porquê desse sorriso.

FINALMETE CHEGUEI EM CASA.  Estava tão cansada que só consegui fazer um pouco de café e depois me joguei na cama. Com o rosto no travesseiro fiquei pensando no Dean. O sotaque dele até que é bem fofinho né? Mas por que eu estou pensando nele mesmo?

Sai dos meus devaneios e percebi que havia um presente do Hadam na mesinha que fica do lado da minha cama. Era um buquê de rosas brancas com um bilhete ao lado. Por que ele deixou isso aqui?

No cartão estava escrito:

"Um buquê de rosas brancas para minha patroinha.
Se não entender o porquê disso, então pergunte para a Lydia. Ela com certeza sabe a razão desse presente...

Beijos, seu jardineiro
Hadam"


Que? Ok, as vezes o Hadam passa do nível de esquisitice dele. Decidi falar com a Lydia sobre o presente, assim poderia pelo menos dormir em paz.

Beatea [18:10]: Oii bb, turubom?
Lydia [18:11]: Bb? E sim, turubem.
Beatea [18:11]: hdashdoaso.
Comigo também tá tudo bem. Bom, você sabe o porquê do Hadam ter deixado um buquê no meu quarto?
Lydia [18:12]: Não ué. Por que eu saberia isso?
Beatea[18:13]: No cartão ta escrito que você saberia, então vim perguntar.
Lydia [18:14]: Pera, qual é a flor?
Beatea [18:14]: Rosas brancas.
Lydia [18:15]: AAH. Agora faz sentido. Aquele cara poderia deixar mensagens autoexplicativas né?
Beatea [18:15]: ?
Lydia [18:16]: Você está gostando de alguém nesse momento?
Beatea [18:16]: Não, por que?
Lydia [18:17]: Porque quando o Hadam me deu um dessas eu estava quase começando a namorar a Hanna. Tipo, uma semana antes praticamente.
Beatea [18:18]: Ué, mas eu não to gostando de ninguém agora.
Lydia [18:19]: Tens certeza?
Beatea [18:20]: Claro que tenho.
Lydia [18:21]: Okk, mas pense sobre isso. Essa rosa pode ser bem util. Tenho que ir, xau.
Beatea [18:21]: OK, bye.

Eu não entendi. Eu não estava gostando de ninguém... Ou estava?

Ah, eu estava cansada, não queria ficar pensando naquilo. Eu precisava dormir. Acho que aquele café não era tão forte como estava escrito na embalagem. Deitei minha cabeça no travesseiro e pensei um pouco sobre a minha conversa com a Lydia. Comecei a ficar sonolenta.

De repente me vi em um parque. Ao meu lado havia uma cesta cheia de salgados, doces e muito, tipo muito café. Eu estava procurando por alguém que pudesse me explicar o que estava acontecendo, mas não encontrei nenhuma alma viva naquele lugar. Repentinamente sinto que alguém se aproximava por trás. Me viro e percebo que era aquele tal caixa, o Dean. POr que não o vi antes? Eu rodei o parque inteiro procurando o povo e não achei ele. Que bizarro.

Nós voltamos para onde estava a cesta cheia de café. Sentamos e começamos a conversar, rimos muito. Ele realmente é muito engraçado. Enquanto tomava meu café ele se aproximava do meu rosto. Eu não sabia o que fazer. Eu deixei a xicara cair no chão. Ele continuava se aproximando, mas isso não me deixou desconfortável. Na verdade, eu até que gostei da aproximação. Quando finalmente nossos lábios se tocaram... BAAM. Eu acordeiii. Chateada. Era tudo um sonho. Bom, até que fazia sentido, já que não tinha ninguém no parque além de nós dois.  o que me deixou mais intrigada foi o fato de ser o Dean no sonho. Sei lá, podia ser o Luke Pasqualino mas foi um caixa do mercadinho da esquina. Não que ele não seja bonito, ele é muito lindo, mas... Nós quase nos beijamos!!! ALGUÉM ME EXPLICA! Eu acho que to ficando louca, aquele café deve ter feito muito mal para mim. Esse sonho foi muito bizarro.

Olhei para o relógio, vi que acordei as 08:00 da manhã de UM SABÁDO. QUEM FAZ ISSO? (talvez a autora da fic, mas quem liga?). Caminhei até a cozinha para fazer um café mara, mesmo ele podendo me fazer mal de novo, mas sem café não dá para passar o dia.

Percebi que o café estava "acabando". Eu tinha que ir lá comprar mais não é mesmo? Que coincidência, ainda mais depois daquele sonho. Decidi ir no mercado ir comprar café e se possível ir conversar mais com o Dean... Agora sou eu que quero saber mais sobre ele.