Capitulo 6 - Um pequeno erro.

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Oi...

Cap minusculo. Sorry.

Tutupom?

Aqui pensando na merda q deve ter acontecido pra Camila n ter aceitado a mao da Lauren em dope. Mas acho que de certa forma é melhor assim...

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Música ( Demons - Imagine Dragons ou Boom Clap - Charli XCX)

223° dia do primeiro ano do colegial:


Lauren's POV:

Eu sabia que ela estava olhando, eu sabia e queria que ela estivesse magoada, sentindo dor. Eu queria que ela fosse a merda. A raiva ainda fervia em mim, a mágoa ainda me despedaçava. Ela mentiu. Pra extravasar toda a frustração eu apertei ainda mais a cintura da garota desconhecida que eu estava beijando agora. Talvez ela fosse bonita, gentil e não merecesse ser usada, mas tudo que eu queria era quebrar o coração de Camila. E eu tinha certeza que estava o fazendo. O movimento das nossas línguas por um momento me fez esquecer um pouco da frustração e eu levei uma das mãos a nuca da garota ruiva, puxando os fios de cabelo. O beijo continuou por mais algum tempo até eu já estar satisfeita. Me afastei da garota e olhei de soslaio pra quem eu queria atingir. Ela estava chorando nos braços de Ally, uma veterana que havia se tornado nossa amiga nas ultimas semanas. Normani me olhava com ódio, enquando Dinah, que segurava a mão da namorada me fitou com decepção. Eu apenas me virei e comecei a caminhar.

Meu all star sujava a medida que eu dava passos rapidos e firmes em direção a saida do parque. O sentimento de decepção se apossando de mim, a raiva fazendo com que eu apertasse meus punhos dentro dos bolços da jaqueta. Por que ela simplesmente não me contou logo? Por ela esperou eu nutrir sentimentos?

 - LAUREN! - ouvi a voz de Dinah e me virei pronta pra enfrentá-la.

Quando um soco me atingiu com toda força, me levando ao chão.

- QUE PORRA! - ela balançava a mão com expressão de dor.

Eu queria chorar de dor. Levei minha mão a meu nariz e ele sangrava. Porra Dinah! Me joguei no chao aceitando o desastre do momento. Ouvi Dinah chegando mais perto ficando com um pé a cada lado do meu corpo. Ela estava furiosa. Agarrou a gola da minha camisa e me puxou.

- Eu estive com você desde sempre, Laur! Desde sempre. Eu assisti você fazendo dramas, se fechando pras pessoas. Vi você lamentando algo que nunca perdeu. Amor, Lauren. Sempre teve alguém disposto a te amar com todas as drogas dos seus problemas. - meu rosto estava banhado de lágrimas, as minhas e as delas que caiam sobre mim. - Mas você só sabe reclamar e deixar a vida passar voando. Nós ganhamos amigos, Lo. Ganhamos pessoas que se importam com a gente esse ano. Eu me apaixonei e você também. E eu estava tão feliz, a garota marrenta que acha que é uma aberração enfim estava se soltando. Eu assisti todas as suas fases do seu lado. De verdade. - Ela largou o colarinho e me jogou de volta ao chão. - Mas eu não vou ficar parada assistindo você quebrar o coração de alguém que te ama. E eu sei que você vai se arrepender de ter feito essa burrada. Eu apenas espero que não seja tarde quando isso acontecer. - ela caminhou alguns passos e virou novamente pra mim. Eu apenas assistia. - E Laur, a forma a qual nos amamos é a forma que ensinamos as outras pessoas nos amar. Se aceite... então enfim você poderá aceitá-la e ama-la como ela merece.

Ver minha melhor amiga de infancia indo embora tão magoada comigo quase me fez querer morrer. Eu continuei sendo um espetaculo pra quem estivesse passando por ali. Chorando feito um bebê e com o nariz sangrando.  Me levantei com esforço e fitei o nada. O nada que sobrevive quando se manda todo mundo ir embora. Algumas pessoas me olhavam com pena, outras com nojo, mas por mais intenso que fosse o sentimento daquelas pessoas, nenhuma chegava no nível de raiva que eu sentia de mim e dela.

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Cheguei em casa e agradeci aos céus que meus pais ja estavam dormindo. Caminhei a passos lentos pro meu quarto, onde tirei as roupas e me dirigi ao banheiro. Decadente. Meu nariz estava inchado e minha boca e bochecha com um pequeno rasgo. Shrek tinha muita força.

Trinta minutos depois sai do banho péssima. Aos poucos eu caia na realidade de que eu não tinha mais minha nova melhor amiga, nem a velha, nem nenhum dos outros amigos que consegui. Eu também nao tinha a garota que eu era apaixonada. E nem a garota que era apaixonada por mim. Porque ela era igual a mim. Camila também tinha a droga de um pênis no meio das Pernas. E isso mudava muita coisa não é? Eu já fugia dos julgamentos... ter que sofrer bullying junto com ela seria terrível. Eu queria ter filhos droga. Eu queria ser feliz. Eu já tenho coisas demais pra aceitar sobre mim, não preciso de mais problemas. Mas por que eu ainda me sinto péssima?

Como se eu fosse me arrepender.

Como se eu fosse sofrer amargamente.

E por que ainda estou chorando se fiz o certo?

Vesti uma calça moletom e uma camisa velha que meu pai me deu e me joguei na cama. Passando minhas mãos no meu rosto dolorido. Em um movimento impensado meus olhos bateram na fotografia que estava na comoda ao lado da minha cama. Camila estava entre minhas pernas, ela vestia uma camiseta gigante de super herói azul minha, shorts curto e pés descalços. Nós estavamos no quintal de casa e eu abraçava com um sorriso feliz no rosto. Eu estava muito feliz por  ela ter aceito minha condição e minha mãe achou o momento bonito e dicidiu fotografar. Naquela tarde nós trocamos muitos beijos e ela me disse muita coisa bonita, disse que queria estar o máximo de tempo comigo. Disse que gostava demais de mim, mas eu sabia que ela me amava. Joaninha destrambelhada.

Chorei até dormir e sonhei com ela...

Com os olhos dela

Os cabelos

O sorriso

O jeito

O nariz

A boca

Bom...

Eu deveria não ter dormido...

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😴😴




Problematic ( C&L intersexuais)Where stories live. Discover now