Capítulo 4

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Respirei fundo tomando coragem e pedi que minha irmã  e minha mãe  não  se intrometessem. Desci determinada a colocar tudo em pratos limpos e terminar...  A nossa relação. Passei pela porta principal e tentei ver o carro dele, mas nada tinha ali,  minha mão tremia segurando a chave eu estava nervosa em ter que olhá-lo de novo, coloquei a chave no portão e abri o mesmo e o olhei. Fiquei parada feito uma pedra, não esperava ver a pessoa que era, respirei um pouco aliviada por pelo menos não ser o Zayn, mas a pessoa me fez perder o ar.
- Oi? Você está bem? — ele perguntou meio preocupado comigo.

- Oi. — sai de meu transe e dei passagem para que entrasse. — Estou surpresa que tenha vindo aqui.

- Fiquei preocupado com você, soube que sofrerá um acidente, assim que pude vir eu vim ver minha melhor funcionária. — ele disse e riu

- Não sou sua melhor empregada, você sabe disso. — ri dele e fechei o portão assim que passou pelo mesmo.

- É sim, a única que cuida de mim e da empresa, e muito bem. — Stefan disse e me abraçou.

- Que mentiroso. — retribui o abraço e ri mais ainda, só ele para me fazer rir nessa hora que só consigo pensar em chorar. - Vamos entrar. — o levei para dentro de casa e nos sentamos na sala.

- Você sofreu um acidente mesmo? Está aparentemente intacta, só esse rostinho meio inchado. Andou chorando? — engoli seco e o olhei, mesmo apenas o conhecendo a meses, criamos uma amizade e cumplicidade assim como foi com a Torres a outra secretaria/recepcionista. Ele tem um carinho muito grande por mim e faz questão de demonstrar. E também é muito protetor e eu gosto disso.

- Eu sofri sim, quase morri ou morri na verdade, mas eu sou forte e estou aqui. — sorri.

- Me explica isso direito. E o porquê da cara de choro, porque tenho certeza que não chorou. — ele pediu até de forma autoritária, como um irmão mais velho.

Comecei a contar-lhe o que houve e sua feição tomava varias formas, ora preocupado, ora com dor, ora com raiva, seu punho se mantinha fechado e a cada palavra minha sua mão se tornava mais rígida, ele estava bravo, não comigo claro, com a pessoa que tinha me feito mal, mas não sabíamos quem tinha feito aquilo e talvez nunca saibamos. Tentei o acalmar não queria que se estressasse o trabalho na empresa já o deixava exaurido não poderia o deixar mal com assuntos meus, ele estava de férias e não era justo.

- Trouxe um café e suco com biscoitos para vocês. — minha mãe colocou a bandeja na mesa e nos olhou sorridente.

- Obrigada mãe. — agradeci e a mesma saiu. - Stefan  agora esta tudo nas mãos da polícia e eles vão resolver tudo.

- Você acha Raysa? — assenti. - Vou falar com umas pessoas, elas vão tentar agilizar isso.

- Não precisa. — peguei um biscoito e comi.

- Claro que precisa. Quem quer que tenha feito isso não pode ficar impune. — ele disse indignado e pegou o suco, dificilmente ele pegaria suco, mas era de maracujá, com certeza queria se acalmar.

- Como quiser, só não faça coisas que lhe prejudique. — o pedi e ouvi a campainha tocar, novamente congelei, meu coração quase saiu pela boca.

- O que foi? — ele me olhou preocupado. - Esta esperando alguém?

- Não. — neguei e me levantei.

- Eu abro. — Jeni passou pelo corredor e saiu pela porta, me sentei e esperei que entrasse novamente, ou pelo menos ouvir seus gritos.

Stefan me observava curioso e desconfiado, tentei relaxar e não parecer tão tensa.

- Me deixa falar com sua irmã? O que tem demais? — escutei falarem e voltei a ficar inquieta.

Intensa (livro 2) Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora