Respirei fundo tomando coragem e pedi que minha irmã e minha mãe não se intrometessem. Desci determinada a colocar tudo em pratos limpos e terminar... A nossa relação. Passei pela porta principal e tentei ver o carro dele, mas nada tinha ali, minha mão tremia segurando a chave eu estava nervosa em ter que olhá-lo de novo, coloquei a chave no portão e abri o mesmo e o olhei. Fiquei parada feito uma pedra, não esperava ver a pessoa que era, respirei um pouco aliviada por pelo menos não ser o Zayn, mas a pessoa me fez perder o ar.
- Oi? Você está bem? — ele perguntou meio preocupado comigo.- Oi. — sai de meu transe e dei passagem para que entrasse. — Estou surpresa que tenha vindo aqui.
- Fiquei preocupado com você, soube que sofrerá um acidente, assim que pude vir eu vim ver minha melhor funcionária. — ele disse e riu
- Não sou sua melhor empregada, você sabe disso. — ri dele e fechei o portão assim que passou pelo mesmo.
- É sim, a única que cuida de mim e da empresa, e muito bem. — Stefan disse e me abraçou.
- Que mentiroso. — retribui o abraço e ri mais ainda, só ele para me fazer rir nessa hora que só consigo pensar em chorar. - Vamos entrar. — o levei para dentro de casa e nos sentamos na sala.
- Você sofreu um acidente mesmo? Está aparentemente intacta, só esse rostinho meio inchado. Andou chorando? — engoli seco e o olhei, mesmo apenas o conhecendo a meses, criamos uma amizade e cumplicidade assim como foi com a Torres a outra secretaria/recepcionista. Ele tem um carinho muito grande por mim e faz questão de demonstrar. E também é muito protetor e eu gosto disso.
- Eu sofri sim, quase morri ou morri na verdade, mas eu sou forte e estou aqui. — sorri.
- Me explica isso direito. E o porquê da cara de choro, porque tenho certeza que não chorou. — ele pediu até de forma autoritária, como um irmão mais velho.
Comecei a contar-lhe o que houve e sua feição tomava varias formas, ora preocupado, ora com dor, ora com raiva, seu punho se mantinha fechado e a cada palavra minha sua mão se tornava mais rígida, ele estava bravo, não comigo claro, com a pessoa que tinha me feito mal, mas não sabíamos quem tinha feito aquilo e talvez nunca saibamos. Tentei o acalmar não queria que se estressasse o trabalho na empresa já o deixava exaurido não poderia o deixar mal com assuntos meus, ele estava de férias e não era justo.
- Trouxe um café e suco com biscoitos para vocês. — minha mãe colocou a bandeja na mesa e nos olhou sorridente.
- Obrigada mãe. — agradeci e a mesma saiu. - Stefan agora esta tudo nas mãos da polícia e eles vão resolver tudo.
- Você acha Raysa? — assenti. - Vou falar com umas pessoas, elas vão tentar agilizar isso.
- Não precisa. — peguei um biscoito e comi.
- Claro que precisa. Quem quer que tenha feito isso não pode ficar impune. — ele disse indignado e pegou o suco, dificilmente ele pegaria suco, mas era de maracujá, com certeza queria se acalmar.
- Como quiser, só não faça coisas que lhe prejudique. — o pedi e ouvi a campainha tocar, novamente congelei, meu coração quase saiu pela boca.
- O que foi? — ele me olhou preocupado. - Esta esperando alguém?
- Não. — neguei e me levantei.
- Eu abro. — Jeni passou pelo corredor e saiu pela porta, me sentei e esperei que entrasse novamente, ou pelo menos ouvir seus gritos.
Stefan me observava curioso e desconfiado, tentei relaxar e não parecer tão tensa.
- Me deixa falar com sua irmã? O que tem demais? — escutei falarem e voltei a ficar inquieta.
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Intensa (livro 2) Z.M
RomanceMesmo quando se esta perdido se sentindo só pode ser que tenha alguém se preocupando com você. Nem tudo esta perdido, quando menos se espera tudo pode melhorar e quando acontecer não ache pouco, agradeça pelo que conseguiu. Eu estava mergulhada na e...