●3 -inimigos●

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A espada não me acertou!

Como? Não faço a mínima idéia.

Abro os olhos buscando pelo o peso da espada em em meu peito, ou pela a queimacão do corte em alguma parte do em corpo. Sei lá, talvez eu realmente estivesse anestesiada de pavor e não tivesse sentido nada. Mas tudo que encontrei foi duas pessoas em uma luta horrenda em meu quarto.

A garota lutava majestosamente com sua espada junto com seu oponente de roupas sombrias. Que hora ele apareceu?
Era como se estivessem em uma sintonia músical, onde as duas espadas tocavam o mesmo ritmo e se uma errasse a nota perderia
a batalha.

Em um giro de 360° ela ataca seu oponente que se desvia rapidamente em um reflexo surpreendente. O engraçado era que eu estava aérea sobre tudo. Estou sem saber como reagir a algum tempo enquanto assisto. Meu quarto estava uma zona de guerra, eles estavam quebrando todos os móveis e destruindo minha coleção de pelúcias, mas eu estava apenas assistindo com o coração acelerado e tremendo igual vara verde. Eu não sabia o que fazer.

-"Nath?"- escutei um eco longo.- "Nath? Tá tudo bem aí?"- a voz foi ficando mais nítida.- Nath, abre a porta!

- Mãe.-sussurrei e rapidamente voltei a me desesperar. O quê ela pensaria se visse uma garota com assas de espada e armadura  brancas com uma outra pessoa de vestes negras e movimentos sobrenaturais guerrilhando dentro do meu quarto?

- Nath, abre logo essa porta!-Bateu com força no pedaço de madeira.

Levantei do chão em um movimento rápido e corri para a porta, pelo menos eu tentei até meu cabelo ser puxado bruscamente por a cadela de branco. Cai no chão de costas e bati a cabeça no piso. Ela tinha a força da Wonder-woman , imagino. A pessoa de roupas negras entrou na minha frente e empurrou a garota com a perna direita fazendo-a se chocar com a minha janela que quebrou o vidro.

- Natasha Wontgomery, que barulho é esse?!-tentou abrir a porta que eu não sei em que momento e nem por quem foi trancada.

- Não é nada, mãe!-gritei depois de tocar minha cabeça na nuca e ver que tinha um corte ali.- Mãe, sai daqui!-Gritei quando vi a garota correr em direção a porta e tentar abri-la.

Levantei do chão rapidamente para tentar impedi-la ou atrasa-la mais fui interrompida pela a pessoa de vestes negras que passou o braço pelo o pescoço da garota e atravessou sua escapa na barriga dela.

Parei no meio do quarto. Não me movia.

-Natasha!!!- mamãe gritou.

- Sai daqui, mãe!- Gritei pegando um vaso e jogando no assassino a minha frente. Ele soltou o corpo da menina e se virou para me encarar.

A garota caiu inerte no chão enquanto se transformou em uma luz forte e sumiu. Simplismente sumiu. Procurei outro vaso e joguei na pessoa negra.-Sai daqui! Não toque em mim!

Ele avançou um passo mais parou e simplismente se transformou em uma nuvem preta e... evaporou!

Continuei parada no meio do quarto sem saber o que pensar ou fazer. Minha mãe havia ficado calada o que queria dizer que havia saído da porta. Me deixei cair de joelhos no chão e fiquei estática.

Aquilo não era real! Não podia ser real!

Abaixei o olhar para minha barriga e em seguida passei a mão ali. Eu estava retamente grávida? Se não, então quem eram aqueles que batalharam aqui?

Eu estava ficando louca! Essa era a única solução.

Eu precisava de respostas!

Coloquei um moletom que não havia sido estragado pela a batalha e sai trancando a porta do meu quarto. Desvio as escadas rapidamente e passei pela a sala tentando não ser notada por minha mãe.

- Ei, aonde vai? E que barulho foi aquele?- Uma tentativa de sair despercebida totalmente falha.

-Vou no...parque aqui próximo. E aquilo...Bom, tropecei e bati no meu espelho. Nada demais - Respondi sem me virar para encarar seu rosto.

- Ah, tudo bem.- olhou desconfiada.-  Só não volte tarde. E...parabéns, meu anjinho.- me arrepiei ao ouvir aquele apelido carinhoso. Minha mãe me abraçou, apertei bem forte ela e logo a soltei.

-Não pretendo demorar.-respondi breve e andei até a porta, antes de passar por ela parei e olhei por cima do ombro. Meu coração estava apertado. Algo me avisava que eu nunca mais poderia vê-la. Com o coração doendo olhei para minha mãe com medo de ser a última vez. Decorei cada parte dela, de seu rosto.-Mãe, eu te amo.

- Eu também te amo, anjinho.-sorriu carinhosa.- Volte logo para comer seu bolo de chocolate com chantilly e pequeno morangos por cima.

Vou fazer o possível, mas não sei se isso será o bastante.

-Pode deixar.- Fechei a porta e comecei meu destino.

Destino esse que talvez termine em morte.

Olhei para a estrutura de minha casa torcendo para que minha intuição não estivesse certa e que no fim do dia eu voltaria para lá.

Com os olhos marejados segui meus passos para a Igreja.




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⏰ Última atualização: Mar 12, 2020 ⏰

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