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     Era meio dia quando Bernando (Câncer) acordou, olhou pela janela e viu que tudo era real. Ele viu o mar, a areia, as plantas, e tudo isso bem de perto. Ele foi até o banheiro, lavou o rosto, se olhou no espelho e disse:

     - Hoje vai ser um dia incrível. Meu primeiro dia como humano.

     Seu estômago roncou, e ele abriu um sorriso de ponta a ponta, pois também era a primeira vez que sentira fome. Ele foi até a cozinha, e pra surpresa dele, Edmundo (Áries) já estava lá, comendo torradas com manteiga, e tomando um suco de laranja de caixinha.

     - Isso é muito bom, cara! Você tem que experimentar. - Disse Edmundo, mordendo a torrada como se sua vida dependesse disso.

     - É, parece bom, mas quero outra coisa. Ah! Achei!

     - Sério que você prefere esses biscoitos chatos, ao invés dessas torradas aqui? Tudo bem.

     Eleonora (Virgem) apareceu com a cara amassada de tanto dormir. Parecia estar bem feliz com a nova aparência. Todos ali estavam bem animados, na verdade. Era uma novidade imensa para os seres astrais. Logo todos os outros estavam na cozinha, fazendo uma festa de comida, bebida, e piadinhas sem graça de Edmundo.

                                   ...

     Bernardo sabia que não seria facil, e vendo todo mundo rir, ficou um pouco preocupado com o que estava por vir. Ele sentiu uma forte energia densa no ar.

     - Gente, por que não vamos explorar esse mundo? Dizem que existem parques de diversões nesse mundo, e parece ser bem animado.

     - GENIAL! - exclamou Fernando (Sagitário). - Adoro tudo que é divertido.

     - Então vamos nos trocar para sairmos.

     - CERTO! - Disseram todos em unissono.

     Bernardo subiu ao seu quarto, e na porta estava Edmundo, sorrindo pra ele. Edmundo virou as costas, foi para seu quarto e fechou a porta. Bernardo entrou, e em seu guarda roupas, tinha uma blusa branca e uma calsa azul índigo na qual achou que ficaria bonito. Se tornara sua roupa preferida. Ele vestiu, e novamente deu de cara com Edmundo de cara na sua porta, vestido com uma blusa azul, uma calsa preta e o cabelo penteado para trás.

     - O que foi, Ed?

     - Nada. Só queria ver a roupa que iria usar antes de todos. Caiu bem em você, sirizinho.

     - Haha. Obrigado. Você ficou ótimo com essa roupa também. Mas tem certeza de que é só isso?

     - Na verdade, queria ir na frente com você. Te acho um cara legal. Vamos?

     - Ah! Então vamos.

     Bernardo achou estranho, mas saiu sem questionar. Estavam todos prontos. Eleonora estava encantadora com um vestidinho branco, com um cinto bege e sua coroa de flores. Seus olhos eram, de fato, brilhantes demais. Os três sairam na frente, e os outros os seguiram. Eleonora, no meio do caminho viu um homem vendendo sorvetes. Ela pediu um, e achou maravilhoso. Saiu saltitante na frente de todos com a boca suja de sorvete de baunilha. Era um dia bem comum para humanos, um cotidiano bem normal. Mas Bernardo sabia que não ia ser sempre assim. Ele ouvia Cosmos em sua mente, e percebeu que os outros não. Cosmos sempre dizia para que ele ficasse atento a tudo, e que na hora certa, iam ter que ser fortes, pois o mal estava a solta, e talvez, bem na frente deles.
     Uma mulher de cabelos negros, jaqueta de couro passou perto deles, e encarou Bernardo olho a olho. Ele sentiu algo ruim. Algo muito ruim, mas preferiu achar que era apenas coisa na mente. Nessa hora, ele sentiu seus poderes fluir em suas veias. A mulher usava um cordão igual o dele, com o simbolo de Câncer. Ele sacou quem era. Era seu lado negro. O lado sombrio de Câncer. Ela passou direto e virou a esquina logo atrás deles. Bernardo pediu para que andassem mais depressa, pois já estavam andando muito, e o parque era ali perto. De fato era. Eles chegaram num parque bem grande, com roda gigante, montanhas russas, muitas barraquinhas de cachorro quente e muitos humanos. As crianças corriam de um lado pro outro, rindo, tropeçando em seus pés e comendo. Uma música tocava na rádio do parque, e era a música "Rockabye". Eles foram com tudo pra dentro daquele mundo de fantasia.
     Se espalharam, mas Edmundo não largava do pé de Bernardo. Foram em vários brinquedos, até que Bernardo viu a mulher novamente, olhando para ele no canto do parque, perto do estacionamento. Ele pediu para que Edmundo fosse comprar cachorro quente para ele, e foi na direção na mulher, que entrou no estacionamento. Bernardo a seguiu até um campo aberto, com muito gramado e nenhuma pessoa. Ela riu.

     - Então é verdade. Vocês vieram atrás de nós. Que pena que chegaram tarde demais. Olha. Olhe bem ao seu redor. Esse mundo é nosso, Câncer.

     - Eu a reconheci assim que a vi. Qual foi? O que quer aqui? Pra que todo esse ódio?

     - Desde que nos baniram, nós queremos dar o troco. Justiça! E aqui é um bom lugar para começar. Não há nada que façam que irá nos impedir. Eu te conheço mais do que ninguém. Você tem medo! Você vive com um constante medo que o corrói a cada dia que passa. Vocês não são de nada.

     A mão de Bernardo começou a formigar, pois seu poder fora ativado.

     - Saia daqui! Ou terei que chamar os outros?

     - Calma, meu querido. Eu vim apenas para dar um aviso. Se preparem!

     O lado negro de Câncer, virou e uma bola de energia azul escuro a levou dali. Ele se sentiu impotente naquele momento, pois nada fizera para dete-la. Edmundo apareceu, e perguntou se estava tudo bem.

     - Está sim. Só vim espairecer um pouco. Vamos, tenho que te detonar na sala de games!

     - Hahaha! Isso é o que nós vamos ver, engraçadinho!

     Os dois seguiram de volta para o parque, e de longe, um homem de cartola e sobretudo os observava e ria, ao lado de Câncer inversa.

     - A batalha está para começar, querida Adelaide.

     - E mal posso esperar para destruir aqueles malditos signos, querido Edmundo.

     Os dois riram, e sumiram no ar, mas dessa vez, com um raio de energia vermelho.

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⏰ Última atualização: Oct 13, 2017 ⏰

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