*INDIA*
Anda India tu consegues ja fizeste o concerto quase todo só te falta agora o teu solo concentra-te, tu sabes que consegues fazer isto não é a primeira vez, tu consegues.
" Estás pronta India? "
" Mas é claro que estou Senhor Maestro pode abrir o pano que eu já me levanto. "
" Ok então. Vou só pedir para abrirem o pano. "
Dito isto pouco tempo depois oiço o pano a abrir-se e milhares de sussurros na sala, e logo depois um silêncio enorme. Foi então que o maestro contou baixinho 1...2...3... e aí comecei a tocar a sensação era tão boa que não queria parar e quando dei por mim já estava de olhos abertos e a receber um monte de aplausos. É claro que não conseguia ver nada mas poderia imaginar a cara de espanto das pessoas quando finalmente viram que era cega, mas esses tempos vão mudar pois já tenho a operação marcada e finalmente vou poder ver como sou.
*HARRY*
Aquela rapariga toca tão bem em toda a música estive sempre arrepiado e de boca aberta, eu e os rapazes, até que acabou. Queria ver a cor dos olhos dela mas espera... ela é cega! Como?
" Hey lou aquela flautista é cega! "
" Ya o nome dela é India e o Paul já me tinha falado dela. Ela toca mesmo bem, eu acho que ela tem mais ou menos a tua idade. "
" Como pode? "
" Como pode o quê, harry ? "
" Como é possível uma pessoa cega tocar tão bem? "
" Força de vontade... acho. Bem vamos aos bastidores o Paul está a chamar-nos para conhecer-mos a sobrinha dele. "
" Ha sim , vamos lá. "
*INDIA*
Agora estou nos bastidores com a Ana a minha melhor amiga,ela é tão divertida, ela mete-me sempre um sorriso no rosto e eu sei que posso confiar nela.
Já estou á muito tempo sempre a dizer ' Obrigada' ás pessoas que me abordam e que ás vezes perguntam como consigo ser tão bem sucedida tendo o problema que tenho. Eu sei que as pessoas não têm a culpa de eu ser cega e que só estão curiosas mas estar sempre a dar a mesma resposta a um monte de gente que nem sequer vejo é erritante e frustante ao mesmo tempo.
" Ana levas-me ao nosso camarim? "
" Claro que levo, mas espero que não te importes que o meu tio Paul vá lá ter com os rapazes daquela banda que te falei. "
" Mas é claro que não. "
" Ok, então vamos lá. Dá-me o teu braço. "
Já estamos a andar á imenso tempo, o camarim parecia ser mais perto. Finalmente oiço a porta a abrir-se, finalmente alguma paz e sossego já estava a ficer farta de tanta algazarra. Para uma pessoa que está habituada ao sossego do seu lar, este dia foi esgotante.
" India? "
" Diz Ana. "
" O meu tio já chegou. "
" Se quizeres eu posso sair, não á problema. "
" Não, não deixa-te estar. "