16. Um presente

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Ansioso, era assim que eu me sentia voltando para casa, com o vento frio batendo em meu rosto e alguns flocos de neve caindo sobre mim.
Eu tinha que correr para conseguir chegar em casa a tempo e fazer o que iria fazer com a Bella.
Virei a esquina, deixei o skate na frente de casa e simplesmente entrei.
Não prestei atenção em quem estava em casa, mas pude perceber que eram 6.
Tirei o sapato e a blusa de frio para a minha mãe não me matar por sujar toda a casa de lama.
E corri para o meu quarto, deixando algumas pessoas no mínimo sem entender.
Entrei no quarto e fechei a porta com força, peguei papel e canetas, e comecei a escrever:
"Querida Bella,
       Quando percebi o que sentia por você, eu quis esconder, quis pensar que eu estava confundindo as coisas. Esse tempo de amizade poderia realmente virar um amor? Achei que não, achei que estragaria tudo e agora estou completamente apaixonado por você. Não me vejo mais se não for ao seu lado, agora eu sei que te amo e que vou te amar para sempre.
Eu te aceitei assim como você é, suas chatices, manias, criancices, simplesmente por amor. O amor suporta tudo e os defeitos viram meros detalhes. Desde que encontrei você, eu não consigo te ver com defeitos, somente enxergo suas qualidades, que me fazem te amar a cada dia mais!
Querida Bella, te escrevo essa carta para que você me entenda.
Querida Bella, te escrevo essa carta por todas as vezes que eu tive a oportunidade de me declarar mas simplesmente não consegui, porque eu sou teimoso, e você sabe disso. E acho que é porque você também é teimosa que se recusa a aceitar que me ama também...
Você se lembra do dia que nos conhecemos? Antes de tudo isso? Onde éramos apenas adolescentes novos em uma escola?
Você carregava livros (como sempre) e eu estava andando pelo corredor de skate (o que não é certo, eu sei, antes que você venha me dar um sermão) e você andava com seus livros por aí, você virou no corredor, eu não te vi e esbarramos, não me lembro de ter te pedido desculpas depois... só te ajudei a pegar os livros e te devolvi, perguntei seu nome e disse que era Giulia, mas, para mim, você sempre será Bella.
Desculpe se estou te deixando confusa, é que a minha cabeça é confusa, e estou tentando dizer tudo o que sinto, e tudo o que sinto é confuso...
Espero que algum dia, deixe seu orgulho e teimosia de lado para concordar comigo...
                           Com amor, Nate"
Dobrei a carta, e comecei a procurar um envelope, sem sucesso.
Desço para procurar, vendo seis pessoinhas que conheci muito bem conversando preocupadamente na sala.
Não prestei atenção, só comecei a procurar por todo lado, o que fez todos olharem para mim confusos:
- Que foi garoto? - diz Stiles.
- To procurando um negócio - Digo.
- Tipo... - diz Scott.
- Tipo não é da sua conta - Digo
Pude perceber ele suspirando e revirando os olhos.
Finalmente achei em uma gaveta:
- Ahá! - Digo - achei.
Subo de novo, e escrevo no envelope: "Por todas as vezes que não me declarei"
Coloquei a carta lá dentro e a escondi na mochila e desci de novo.
Coloquei o casaco e sapato e ia abrir a porta quando Scott disse:
- A onde você vai? Já está quase anoitecendo.
- Falar com uma pessoa - Digo.
- Você não vai sair agora - diz ele.
- Sim, eu vou - Digo e simplesmente saio pela porta, fechando a porta com força.
Pego meu skate, e vou andando pela rua, em direção a casa da Bella.
O chão estava escorregadio devido à neve e eu me esforçava para não cair.
Depois de alguns minutos eu chego na casa dela, as luzes estavam desligadas, e o carro da mãe dela não está lá. Elas devem ter saído.
Suspiro e volto para casa.
No caminho só conseguia pensar em quanto era estupido por não tê-la dito tudo isso antes.
Depois de uma hora desde que saí de casa, cheguei exausto.
Quando entro, vendo que meu pai e minha mãe estavam inquieto, e Scott estava até que feliz, não entendi porquê. Todos já tinham ido embora.
- O que que está acontecendo aqui? - perguntei enquanto deixava a minha mala no chão.
- Queremos conversar com você - diz minha mãe.
- Então falem - Digo.
- Falamos com o Dr. Turner - Diz meu pai - e ele acha que fazer isso pode ajudar a te deixar responsável.
Faço uma cara de quem não entendeu. Então vejo algo pequeno e peludo correndo em minha direção, era muito fofo, peguei ele no colo e no mesmo momento abri um sorriso:
- Te peço a anos - Digo - e você nunca deixou.
- Não mesmo - diz ele rindo.

Ele era branco e cinza, era muito pequenino, mas obviamente ia crescer muito ainda

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Ele era branco e cinza, era muito pequenino, mas obviamente ia crescer muito ainda.
- Você vai ter que cuidar dele - diz minha mãe.
- Eu cuido - Digo.
Eu estava muito feliz.
- Mas ele precisa de um nome, não acha? - diz Scott.
Olho para o cachorrinho. A minha primeira ideia foi: Dart, já que sou muito fã de Stranger Things (não vou dar spoilers) realmente, aquele nome combinava com ele.
- Dart - Digo - o nome dele é Dart.
- Dart - repete meu pai - nome interessante.
Coloco ele no chão e ele começa a pular. Eu abaixo e faço carinho nele, ele seguia a minha mão, brincando.
Melhor presente do mundo!

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⏰ Última atualização: Dec 05, 2017 ⏰

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Natan McCall - Teen WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora