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-Saia da minha casa Richie. Agora. - Sta. Tozier falava rígida e apontava para a porta sem olhar para Richie, o menino com os olhos vermelhos, segurando as lágrimas olha para ela. -Richie. Agora. Se gosta tanto dele assim, saia e nunca mais volte, nem faça questão de voltar, nem cogite.
Richie pega suas duas malas e põe sua guitarra nas costas e sai da casa de cabeça baixa, os gritos que foram trocados ali dentro desde que ele tinha 11 anos, todos acompanhados por seus vizinhos velhos, que não tinham nada melhor para fazer das suas vidas de aposentado, alguns bisbilhotavam pela fresta da janela, outros fingiam que não viam.
Ashley corre em direção a Richie.
-Vou sentir sua falta Rich... -fala abraçando o irmão apertado. -Para onde você vai? -ela pergunta olhando para nos olhos do irmão. Ele olha para a porta de casa e vê sua mãe, sem uma lágrima no olho, uma rocha no meio do mar agitado com uma tempestade por vir, a tempestade era Richie e ela evitava olhá-lo a todo custo.
-Para um lugar onde as pessoas me amem de verdade. -diz ele sorrindo carinhoso para a mais nova da família Tozier, ela o abraça mais forte.
-Tome cuidado Rich... -ela fala o soltando aos poucos, a menina olha para a porta de casa e depois para o irmão, abaixa a cabeça e vai indo em direção à porta. Ela para no meio do caminho e corre de volta para Richie, ele solta as malas e a pega no colo. -Eu vou sentir muito, muito, a sua falta. -fala Ashley no ouvido do irmão chorando, ele faz carinho no cabelo dela.
-Eu sei meu anjo, eu também vou sentir muito a sua falta. -fala Richie chorando. Ele a põe no chão e ela corre de volta para a entrada da casa, ela para na porta e antes de fechar, força um sorriso.
-Feliz 25 anos. -e então a porta fecha.
Uma parte de Richie queria deitar no chão e chorar, a outra outra queria que tudo explodisse, ele não estava nem aí. Richie pega o carro da mãe e vai embora.
Na metade do caminho Richie entra com o carro em um ferro velho e gasta 10 dólares com um galão de gasolina é uma caixinha de fósforos. Pegou a gasolina, colocou por todo o carro e jogou o fósforo aceso dentro e viu o carro da família queimar, até não sobrar nada. Continuou seu caminho a pé.

Subiu pelo elevador. Caminhou lento pelo corredor, ainda com a cabeça baixa, como se ela fosse de chumbo.
Richie toca a campainha. A porta é aberta.
-Richie?
-Hey Eddie...

HEATOnde histórias criam vida. Descubra agora