Capítulo 2

10 4 7
                                    

Dor, é o que eu sinto e mesmo assim sou obrigada à sorrir como uma bela dama deve fazer, não consigo me concentrar no meu parceiro de dança está falando na verdade não consigo nem lembrar o nome dele .
Tudo me incomoda ,o sapato de cetim ,o espartilho apertado demais e o peso do vestido então.
Não aguento mais ter que sorrir para todos que me olham, se eu pudesse estaria na outra sala com meu pai e os outros cavalheiros jogando cartas,mas não é permitido damas em um ambiente como está, aff ,as mulheres da alta sociedade são simplesmente meras bonecas decorativas que servem apenas para ser admiradas e servirem seus maridos como manda as regras .
Sinceramente acho um desperdício uma mulher ter que fazer apenas o que é dito para ser feito como se fosse uma marionete.
Na verdade queria estar longe daqui e não dançando com uma pessoa tão interessante que nem lembro seu nome.

-Milady?Milady?desperto de meus pensamentos e olho para o meu parceiro,tentando saber o que ele estava dizendo, mas está difícil.
-Sim.Perdoe-me estava distraída,o que o senhor disse?
-Estava perguntando se a senhorita dá o prazer de acompanhar-me amanhã pela manhã em um passeio de carruagem.

Olho para ele sem saber o que responder, observo seu rosto ,ele é um homem bonito porém não me atrai.

- Sinto muito Milorde, porém amanhã já tenho compromisso não poderei sair com o senhor.

Ele me olha com intensidade,mas não sinto nada com esse olhar ,encaro ele firmemente levantando levemente minha sombracelha e ele desvia o olhar apenas acenando com a cabeça.
A dança termine e ele me leva de volta para madame Berta que é todos sorrisos, inclina agradecendo pela dança e se retira, meu cartão de dança está completo o que para mim é uma tortura pois meus pés estão doloridos não aguento mais dançar.
Preciso de um refresco e de ar urgentemente.
Me levanto  e vou em direção de onde se encontra as comidas e os refrescos ,pego um e me dirijo para uma das portas que estão abertas.
Olho para o céu estrelado respiro fundo sentindo o cheiro que as flores exalam , aquilo me acalma ,olho para ao redor procurando um banco para que eu possa sentar ,avisto um banco próximo ao jardim um pouco mais afastado da casa.
Me dirijo até o banco e aquela parte da casa é mais escura tendo como luz apenas a lua e as estrelas,sento e ouço ao longe o som dos instrumentos e as conversas que sai pelas portas abertas.

-Sabia que é perigoso sair sem companhia e isolar-se assim dessa forma?
Ouço uma voz grave falar próximo ao meu ouvido, me assusto ao mesmo tempo em que um arrepio atravessa meu corpo.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 14, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

O jogoOnde histórias criam vida. Descubra agora