Resiliência

Inicio de um fim

 Em um dia de nostalgia, eu, Emma Houston estou aqui diante do computador recordando muitas memórias do passado. Eu estou com 21 anos de idade agora, mudei de visual muitas vezes desde adolescente até perceber o que realmente o que eu gostava. Porém umas das minhas paixões sempre fora escrever e isso nunca mudara.

Me relembrei perfeitamente de várias pessoas que conheci durante a vida. E se tem uma pessoa que me fez mudar, foi o Aaron. Nosso último encontro eu lembrava perfeitamente. Tanto que preferia narra-lo como se tivesse em um diálogo com ele. Havia uma conexão entre nós naquela época, era bom recordar, apesar de alguns fator ocorridos, que não precisam ser citados agora.

As gotas de chuva caiam cada vez com mais intensidade, eu sabia que provavelmente era um péssimo dia pra sair, mas ainda sim, insisti.Pouco importava se chovia ou não, era um dia importante e eu teria que ir de qualquer maneira.Decidi pegar um táxi, o restaurante que iriamos nos vê não era longe de casa. Quando eu fui ao seu encontro, eu estava levemente maquiada e vestia um sobretudo vermelho e com cabelo preso de uma maneira um pouco despojada enquanto você vestia uma jaqueta preta e continuava com o mesmo sorriso descarado, fato que fez com que quando meus olhos se encontraram com os seus, e com que eu desse um sorriso tímido e olhasse para os lados por alguns segundos. Essa atitude não combinava nem um pouco comigo.A verdade era que eu estava desconcertada, não sabia como reagir depois de meses sem vê-lo, e muito menos comemorar essa data. Alguns segundos depois recuperei o fôlego e dei um sorriso debochado que sempre costumava fazer e em um tom brincalhão falei: - Você tá mais alto do que eu me lembrava. Então levei minhas mãos de encontro as suas e te levei até a mesa que eu tinha reservado de última hora, porém consegui mesmo assim, por ser amiga do dono. A mesa ficava em um lugar mais afastado das demais, antes de vir pedi pra que fôssemos servidos somente depois de um tempo, assim nenhum garçom iria nos incomodar por algum tempo, tempo o suficiente pra que voltássemos a nos falar normalmente.-Você deveria experimentar o sorvete daqui... Mordi os meus lábios enquanto falava . Então vamos pular o prato principal e ir direto pra sobremesa. Soltei um riso. E me sentei na cadeira que se encostava na parede enquanto você sentou-se ao meu lado. Eu estava com os cotovelos sobre a mesa enquanto ainda esperava ser atendida. Notei que você havia um anel no indicador e te olhei fixamente por certo tempo, estávamos calados lendo um ao outro até que você resolveu quebrar o silêncio. A cada palavra, a cada ato seu, fiquei em silêncio, talvez surpresa. Eu queria dizer o mesmo, o quanto você sempre seria meu, mas acabei ficando calada, principalmente, quando você levou seus lábios aos meus em um beijo. Nesse momento, finalmente te respondi de outra forma, então correspondi o beijo. Nossas línguas entrelaçam como em uma dança. Assim como uma, você inicia conduzindo o beijo. E eu, tentava seguir conforme os seus passos. Porém, uma '' dança'' diferente, porque a medida que te beijo, vou aumentando o ritmo do mesmo. Dessa forma, '' a dança'', hora era conduzida por você, hora por mim, em uma espécie de competição. Porém quando, algum dos dois decide conduzir o outro, corresponde os passos em uma sincronia perfeita. O beijo seguia em um ritmo voraz até que você diminui o ritmo do mesmo quando eu já estava sem fôlego, por esse motivo nem protestei pra que finaliza-se.Mesmo com nossos rosto mais afastados, ainda podia sentir sua respiração junto a minha e eu não conseguia tirar meus olhos dos seus lábios. Seus olhos estavam fechados quando você resolveu falar, então respondi logo em seguida; - E que presente... Quer que eu te retribua também? Dei um sorriso descarado e arquei uma das minhas sobrancelhas.