Era uma manhã calma, uma névoa densa cobria toda a mata permitindo pouca visão, o tempo tinha esfriado o que não era algo tão comum. Dali a pouco os primeiros raios de sol iriam se insinuar por entres as folhas das árvores e clarear e esquentar o chão na clareira onde a tribo escolherá construir sua aldeia a muitos anos atrás antes mesmos dos homens brancos com suas roupas e ferramentas estranhas, com seus costumes e falas tão esquisitos.A manhã estava calma e praticamente todos ainda descansavam a exceção de uns poucos dentre os quais o cacique e o pajé que conversavam sobre as consequências do ataque que um grupo de jovens tolos fez a algumas casas de brancos. Temiam a reação dos mesmos, poderiam atacar lhes sem motivo, eram insanos, não tinham honra, usavam suas armas mágicas pra ceifar a vida como alguem que colhe de uma plantação.
Sentados ao redor do que sobraram de uma fogueira,agora só em brasas após uma noite inteira queimando. Ali estavam pouco mais de quinze homens. A pauta daquele encontro era como se desculpar e se reconciliar com os estrangeiros que tinham suas habitações próximo às fronteiras de seus territórios. Também era discutido se os jovens, os sete, que estavam presos a troncos na mata próxima, após receberem uma dura punição por sua atitude.