5. Descobertas

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Entrei no meu quarto e peguei a folha em meu bolso para ler, nela havia um endereço aqui perto e o nome de um homem, guardei a folha novamente e fui pesquisar na internet o que havia neste endereço, achei ali uma casinha antiga estilo colonial, e resolvi que iria até lá, era à quinze minutos a pé de minha casa até lá, troquei de roupa e saí pelos fundos para que meu avô não me visse, antes de sair, notei que a porta do escritório estava fechada. Passei discretamente pelo lado da casa, para que não fosse notada e fui andando rapidamente até o endereço do papel. Chegando lá, chamei por ele diversas vezes até que fui atendida por uma senhorinha, ela disse que o Sr. Parnell não se encontrava ali e fechou a porta na minha cara, então chamei pela senhora e a pedi que me desse o número dele, ela fez cara de poucos amigos e me entregou em um papel, e em silêncio fechou a porta na minha cara mais uma vez. Fui para casa com o papel escondido no casaco, chegando em casa, fui de fininho pelos fundos, adentrei no corredor e vi que a porta do escritório ainda se encontrava fechada, fiquei desconfiada mas apenas ignorei, peguei meu celular, uns papéis e uma caneta no criado mudo do meu quarto e fui até o porão, para me juntar mais uma vez as minhas caixas. Abri o papel com o contato do Sr. Parnell e o anotei em meu celular para pesquisar quem era o titular do número, achei o nome do titular, e não era o Sr. Parnell, era o nome de uma moça, Isabel Winter. Liguei para o número que me foi dado e quem me atendeu foi uma moça, a tal Isabel, perguntei para ela sobre o Sr. Parnell, e ela disse que ele era seu avô, pedi para falar com ele e ela permitiu, o perguntei se ele era proprietário de algum galpão, e o mesmo disse que era sim, mas que seu galpão estava alugado havia pouco mais de doze anos, senti que era ali que meu pai estava e o pedi o nome do inquilino, ele me disse que não lhe foi permitido passar informações sobre o inquilino e que tão pouco podia me dar o endereço de seu galpão, o agradeci e desliguei o telefone já sem esperanças. Abri minhas velhas caixas espalhadas para ver fotos mais uma vez. Uns minutos depois ouvi meu avô me chamando, ele parecia estar furioso, fui correndo para ver o que era e como eu imaginei, ele estava muito irritado, gritou comigo e disse que estava decepcionado pois achava que já havia ficado certo que eu não procuraria mais por meu pai, apenas ouvi tudo em silêncio. Então o Sr. Parnell e o meu avô tinham alguma ligação? Seria meu avô o tal inquilino? Ou o Sr. Parnell era também um "deles"? Me retirei da sala, onde meu avô estava, cheia de pensamentos e paranoias novas, desci para o porão novamente, juntei minhas coisas e fui me isolar no quarto mais uma vez.

Querida KatherineOnde histórias criam vida. Descubra agora