Acorde

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acordo com o brilho do sol a me incomodar, abro os olhos, vejo um lindo céu, sento-me e percebo mato, natureza e o caos.

- onde estou...

ouço um passarinho a cantar, gosto muito do som de passaros, porem, realmente não era o momento. vejo corpos estirados na areia, uns sangram, outros aparentam estarem normais, a maioria dorme, estou ansioso, preocupado, desorientado, não me lembro do que aconteceu, apenas estou aqui. sinto um fervor no braço direito, percebo que é sangue, penso se deveria lava-lo no mar ou se acabaria piorando.

levanto-me ainda zonzo, minha cabeça doi, meu corpo esta dolorido, e minha mente confusa. ando em meio ao caos, me horrorizo com a cena de um corpo feminino, com a cabeça toda estrassalhada por ferros, como se tivesse sido atingida por um forte impacto, sinto ansia de vomito. a muito sangue manchando a areia por entre os corpos.

De repente ouço uma criança chorando, sobrevivente! Preciso ajudar seja lá quem for, procuro desesperadamente, até chegar a um amontoado de poltronas e pedaços de ferro, o som vem daqui.
- olá, estou aqui, vou tirar você daí ok? Apenas respire

O choro parece cessar por um instante, ouço apenas soluços enquanto estou tirando as coisas de cima da criança. Consigo tira-lo, um menino,Que está preso a poltrona segurando um dragão de pelúcia, ele chora um pouco.
- calma amiguinho, estou aqui

Retiro o cinto da poltrona e ele me dá um abraço apertado enquanto chora.

- sou o John, vou cuidar de você, como se chama?

- so-sou o Tomás... oobligado
De repente ele choraminga

- caadê minha mamãe?

Olho pelos destroços onde ele estava e vejo cabelo loiro manchado de sangue

- iremos encontra-lá, vai ficar tudo bem

Digo tentando acalma-lo, Porém algo me diz que ela está morta...

- venha, vamos procurar por outros.

Vejo uma adolescente de cabelos pretos com a perna presa aos destroços, ela parece brava, sua testa está Sangrando, caminho até ela.

- vou te ajudar

- alguém aqui pediu sua ajuda!

- ei, tem certeza que quer ficar aí  sozinha e presa?!

- me tira logo daqui

Me esforço para levantar aquele entulho de cima dela enquanto ela se arrasta para fora com dificuldade, Tomás apenas observa aquela cena com seu dragãozinho. Enfim a retiro dali.

- obrigada... sou a Natally...

- sou o John, e este é o Tomás.

Sorrio pra ela

Ela mete a mão no bolso e puxa o celular todo quebrado

- Merda!

- vamos Tomás, ainda à muito a ser feito...

Os 8 Sobreviventes Onde histórias criam vida. Descubra agora