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Assim que Hermione colocou o pé para fora do hospital respirou fundo sentindo o ar entrando pelas suas narinas e enchendo seus pulmões. Ela estava feliz por respirar esse ar "novo".

_ Hermione filha, queremos saber se vai ficar aqui ou voltar conosco para Sidney? - indagou Miguel o pai de Hermione.

_ Eu pensei muito sobre isso e cheguei a conclusão de que é melhor eu ficar aqui e tentar retomar minha vida aos poucos - disse Hermione.

_ Você tem certeza disso filha? - indagou Martha.

_ Sim - disse Hermione.

Ela estava dentro do carro que era dirigido por seu pai. O caminho para a casa dela não parecia para ela totalmente desconhecido mas não era nada muito concreto.

_ É aqui que você mora Mi - disse Luna enquanto o pai estacionava em frente a linda casa com um amplo jardim de rosas na frente.

Hermione desceu do carro sem tirar os olhos da casa, farfalhar das folhas nas árvores trazia a Hermione uma leve sensação de calmaria e paz.

_ Vamos? - chamou Miguel.

_ Sim - respondeu Hermione não desviando o olhar.

Eles entraram na casa e Hermione olhava tudo com a atenção. Era bem notável o capricho na decoração, cada cantinho tinha um detalhe que harmonizava com o todo o resto.

_ Eu morava sozinha? - indagou Hermione.

_ Não, moramos juntas mas como eu viajo muito por causa do trabalho é como se morasse - disse Luna.

Hermione não disse nada apenas continuou vagando pelos cômodos da casa que não era muito grande.
Subiu as escadas para o andar de cima, deslizando os dedos finos e delicados pelo corrimão ligado de branco da escada.

_ Esse é o seu quarto - disse Luna.

Hermione entrou. As paredes do quarto eram lilás, a cama ficava bem no centro coberta por uma colcha fiopuda com estampa de flores, uma mega estante em uma das paredes estava apinhada de livros e o banco dava um toque de charme e delicadeza ao quarto, tinha também uma mesa com um notebook e vários papeis empilhados. Hermione foi até a estante de livros e lá também viu portas retratos com fotos de pessoas de rostos felizes, ela estava em todas elas sorrindo também.

_ Mione - disse Martha colocando uma mão em um dos ombros da garota - Seu pai e eu temos que ir, deixamos a clínica as pressas - disse a mulher.

_ Não tem problema mamãe, eu vou ficar bem - disse Hermione

Martha sorriu para a filha e lhe deu uma beijo na bochecha.

_ Qualquer coisa sua casa em Sydney estará sempre com as portas abertas - disse Miguel abraçando a filha.

_ Obrigada - disse Hermione sorrindo.

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O sol já se punha em Londres, a lua já se fazia presente no céu ainda tímida mas já podia ser vista pelos mais atentos.

Rony tinha acabado de sentar no refeitório tinha um capuccino na mão e na outra o celular.

_ Ola Rony - disse uma voz aguda sentando em frente a ele.

O ruivo levantou o olhar e se deparou com Lilá Brown sorrindo para ele.

_ Oi Lilá - disse ele dando um meio sorriso para ela e voltando o olhar para o celular.

Ele não queria se mal educado ou indelicado com ela mas Lilá lhe dava nos nervos.

Rony já tinha deixado bem explícito que não queria nada além de amizade com ela mas parecia que a garota não entendia.

_ Sabe tem uma balada nova que vai abrir aqui perto, se quiser podermos ir juntos - disse ela.

_ Não posso, quero descansar mas obrigada pelo convite - disse Rony levantando e saindo de onde estava.

O ruivo seguiu de carro até a sua casa, olhou de relance para a janela do andar de cima e a viu, sorriu ao olhar para ela.

Entrou dentro da casa ainda com o sorriso no rosto e foi tomar um banho.
A água quente escorrendo pelo seu corpo fez ele lembrar o quanto estava cansado e com sono.

Ele mal se enxugou, vestiu apenas uma calça larga e se jogou na cama de bruços e logo dormiu.

Eram oito horas da noite quando Rony acordou, ainda tinha muito sono mas a fome era maior.

Ele sentou na cama e torceu o pescoço que estalou.

Rony levantou e rumou para a cozinha abriu a geladeira e viu que ela estava muito propicia para a fotossíntese já que só tinha água e luz. Nos armários tinham comidas de preparo rápido mas nenhuma delas agradou Rony, por isso ele trocou de roupas e ganhou as ruas de Londres.

Ele gostava de andar, além de ser um ótimo exercício físico, aliás o único que ele praticava, era como uma terapia para ele, ajudava-o a pensar na vida. Rony sentia o vento gélido contra o rosto e ouvia os murmurinhos das conversas aleatórias de pessoas que passavam por ele.

O ruivo entrou em uma lanchonete a preferida dele e pediu o especial do dia, sentou em uma mesa a espera do seu pedido. Ele tamborilava na mesa no mesmo ritmo da música que rolava no ambiente.

O pedido de Rony não demorou a chegar ele comeu, pediu um café, pagou a conta e ganhou as ruas de Londres mais uma vez.

Rony resolveu seguir caminho pelo Green Parke, ele adorava aquele parque sempre brincava nele quando era criança. Ele sentou em um dos bancos e ficou a tomar o seu café para se esquentar.

Ele sentiu alguém sentar ao seu lado, mas não olhou para a pessoa, apenas continuou a fitar as árvores a sua frente.

_ Oi - disse uma voz aveludada que entrou como uma linda melodia nos ouvidos de Rony.

_ Oi - disse ele correspondendo o sorriso de Hermione.

_ Passeando - disse ela.

_ Sim, me distraindo um pouco e você? - indagou ele.

_ Também, tentando por os pensamentos no lugar sabe. Ainda é muito estranho ter me tornado o que sou hoje - disse ela.

_ Como assim? - indagou Rony.

_ Bom, eu nunca imaginei me mudar para tão longe dos meus pais, mas algo aconteceu e olha onde eu vim parar - disse ela.

_ Tem coisas que acontecem que nos fazem tomar decisões que jamais cogitamos - disse ele.

_ Pois é, veja eu por exemplo sempre quis ser advogada mas no meu pais de origem, mas aqui estou eu em Londres - disse Hermione - E você é daqui mesmo? - indagou.

_ Sim, quer dizer eu cresci em um vilarejo um pouco mais afastado mas sempre estudei aqui - disse ele.

_ Você sempre quis ser medico?

_ Sim, a não set por um breve momento em que quis ser um Super-heroí - disse ele.

Hermione riu.

_ Mas como não consegui voltei ao meu antigo sonho de salvar vidas da maneira antiga - disse ele.

Hermione sorriu para ele. Parecia que lembrava dele, de alguma maneira ela sentia que ele fazia parte da vida dela
E assim continuaria sendo.

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