RACHEL SOU TODO SEU
1.— Eu Avisei
Miles acordou tarde novamente. Sua mãe e sua irmã nem se davam mais o trabalho de tentar acordá-lo, mesmo que tentassem ele continuaria preguiçoso em sua cama confortável
de solteiro.
Obrigou seu corpo a se levantar e ir para o banheiro. Naquele andar onde ficava seu quarto, tinha também o quarto de sua irmã e sua mãe, e um banheiro para quem ali morava. Ele nem se incomodou em antes pegar uma toalha porque sabia que haveria muitas no próprio banheiro.
Enquanto a água percorria seu corpo lembrou vagamente de ter sonhado com uma aventura que ele e Max — seu melhor amigo — viveram. Ele costumava sonhar com memórias, mas quando acordava lembrava vagamente dos seus sonhos. Ele sabe que foi sobre quando os dois ainda estavam no primeiro ano do médio e foram os dois pra detenção por terem entrado no vestiário feminino para espiar as alunas. Aquele foi um episódio divertido. Max tinha o convencido a fazer isso porque ele queria deixar um bilhete no armário de sua antiga paixonite Amanda. Não deu certo, foram pegos.
Miles ficou distraído muito tempo durante o banho o que lhe custou mais cinco minutos extras de atraso. Teve de vestir-se rápido e correr — melhor dizendo, pedalar — pra escola. Chegou a tempo de acompanhar o início da segunda aula. Sentou no único lugar disponível, ao lado de Max. Entre o meio da sala a direita.— E aí, cara? — Max o cumprimentou baixinho. Miles assente. O professor de geografia acaba de chegar. Mas isso não impede Max se continuar falando.
— Cara, sabe a Angélica? — pergunta Max animado mantendo a voz baixa. Miles assente. — Então, hoje de manhã, antes de vir pra cá, eu a vida pela minha janela. “Cê” sabe, né, nossos quartos são de frente um pro outro. A persiana dela tava aberta e ela tava se trocando. — a voz de Max cada vez mais empolgada.
— E o que você fez? — pergunta Miles num sussurro.
— Toquei uma pra ela. Mas esse não é o ponto... O negócio é que ela nunca fez isso antes!
— Peraí, você não tá querendo insinuar que a Angélica tava dando mole pra você, né... Porque se...
— Cara — Max o interrompe. —, se aquela gatinha tava dando mole pra mim... — Miles já podia imaginar o que estava se passando na cabeça de Max agora. E que fique claro que envolvia coisas que menores de dezoito não são indicados a saber. — Eu preciso falar com ela — Max declarou.
Miles sabia que Max esperava algo do tipo: cara, você vai transar com a gostosa da Angélica depois vai me contar cada detalhe. Mas eis o que ele disse:
— Cara, esquece isso. Deve ser coincidência.
Miles não queria cortar o barato de Max mas ele sinceramente não acreditava nem um pouco que alguém como Angélica Peterson daria bola pra ele. Por que? 1) ela era uma das garotas mais populares e desejadas 2) ele apostava mil dólares que ela sequer sabe que ele existe 3) Max costuma se enganar facilmente quando o assunto é garotas.
— É sério, eu vou ter um Treco! Angélica Peterson dando mole pro garanhão aqui... — ele continuaria se gabando pelo resto da aula só que Miles notou um olhar de advertência do professor.
— Max, falamos disso mais tarde, ok? Agora vamos prestar atenção na aula — Miles o cortou. Max pareceu ou fingiu não ter ouvido e continuou falando sem parar mas Miles não prestou atenção.
Ele não queria ser chato, mas veja bem, ele tinha certeza que ia dá merda. Fala sério! Angélica dando mole pra o Max? Só falta dizer agora que o porco criou asas e saiu voando bebendo diet Coke. Impossível! Mas Miles não podia dizer isso na cara de Max senão passaria por corta-barato ou pior invejoso. Melhor ficar na dele.
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RACHEL SOU TODO SEU
Подростковая литератураMiles Hunter é um adolescente birrento de 16 anos bem vividos. Ele leva sua vida normalmente. Escola, amigos, família, uma discussão aqui, uma birra ali. No fundo ele nunca precisou se empenhar por nada, as coisas sempre vieram meio fáceis pra ele...