XIV

12 2 0
                                    

Soltei todas as pastas na mesa com o choque que havia levado, não fazia idéia que Taehyung havia matado alguém.

Eu saí da sala sem dizer uma palavra. Me deparava com Taehyung, gargalhando junto a Jungkook assistindo aquele filme que combinaram de ver. Fui andando até o sofá em que Taehyung estava sentado, meu olhar estava confuso e triste, não conseguia ter nenhuma reação naquele momento, eu apenas o olhava, enquanto ele estava rindo distraído. Já passava trinta segundos exatos que eu estava lá, então Jungkook me olhou e com o susto, cutucou Taehyung, que me viu parada ali, cabisbaixa encarando ele.

- Ayumi? você está bem? o que aconteceu? - Ele me olhou, abaixou sua cabeça para me enxergar e balançou meus braços levemente, preocupado com a minha expressão

- Você… - Eu não conseguia dizer

- Eu o que? - Ele continuava preocupado

- Você matou seu padrasto… - Eu olhei em seus olhos dessa vez

Jungkook fez uma cara de encrenca, pausou o filme e saiu de fininho, quase sem barulho em seus passos. Enquanto Taehyung se chocou, ele não conseguia dizer uma palavra enquanto me olhava boquiaberto

- N-Não é o que você está pensando - Dessa vez, ele estava mais nervoso que eu

- Não? você assassinou uma pessoa Taehyung. Você matou a pessoa que era casado com sua mãe. Como pode? - Meus olhos ardiam, achava que eu iria chorar

- Não, não, não! Ayumi! por favor, deixe eu te explicar - Ele segurou em minha mão com força

Eu percebi que suas palavras saiam como lamento, ele parecia implorar para mim

- Eu vou deixar, se acalme - Ainda segurando sua mão, eu me sentei ao seu lado no sofá - Conte-me Tae, conte tudo - Olhei em seus olhos

- Ele era um homem terrível. Gastava o dinheiro da minha mãe com mulheres e jogos. Todas as noites eu ouvia tapas e gritos, mas achava que era coisa da minha cabeça e certo dia… Eu vi uma cena horrível. Ele estava em cima da minha irmã quase pelada e minha mãe estava amarrada… eu não podia deixá las sofrer daquele jeito - Ele não olhava para mim

- E por que sua mãe não se separou dele ou algo assim?

- Ela não podia, ele a ameaçava, até me ameaçou de morte pouco antes de acontecer - Sua mão tremia, ódio eminava pelo seu rosto

- Está tudo bem Tae, eu te entendo - Eu soltei sua mão e levantei sua cabeça, olhando em seus olhos.

Percebi que corriam lágrimas por seu rosto. Tae não queria olhar para mim pois ele estava chorando

- Tae… - Eu não aguentei, deslizei minhas mãos pelo seu corpo e o abracei, forte, fazendo com que seu corpo ficasse quente. Tae parou imediatamente de tremer e sua respiração normalizou.

- Vocês são fofos, deveriam ficar juntos - Jin nos interrompeu, dando uma pequena risada

- É… - Taehyung me soltou na mesma hora - N-Não.. não somos fofos - Ele tentava esconder seu rosto novamente

- Somos sim! - Eu coloquei meu braço acima de seus olhos

Tae ficou quente e tímido, prendeu sua respiração e olhou para baixo.

- Vamos, está tarde. Vá dormir Ayumi, você deve estar cansada - Jin pegou em meu braço

Eu me levantei, Taehyung me olhou e eu apenas fui até o elevador, logo para o meu quarto.

Eram nove da noite, eu estava exausta. Ao chegar no meu quarto eu apenas me joguei na cama de mal jeito e caí no sono

- Estou procurando Kim Juyoung - Dizia eu, com um olhar sedutor para um homem alto e forte

- E quem é você? - Ele me olhava dos pés a cabeça

- Meu nome é Hannah. Fiquei sabendo que ele tem alguns trabalhos - Mordia meus lábios ao dizer as últimas palavras

- O chefe vai gostar dessa gostosa - Um outro homem disse, atrás de mim

- Hm, deixe me te revistar -  O homem pegou minha bolsa de minha mão  e virou ela de ponta cabeça, assim caindo pertences íntimos

Lá havia fantasias eróticas e vibradores de diversos tamanhos. Ele deu um sorriso maldoso e logo pegou seu telefone

“Tem uma ninfeta aqui para o senhor” Ele dizia, virado de costas

Eu peguei as coisas e coloquei dentro da bolsa novamente, não queria que eles desconfiassem de muita coisa. Alguns minutos se passaram e um homem grisalho barrigudo abriu a porta assim fazendo um movimento com o dedo indicador para que eu fosse até ele.

Assim eu fui, batendo meus saltos altos no chão fazendo barulhos, meu cabelo era vermelho vibrante bem curto e meu vestido, de couro preto.

O velho me empurrou na cama com força e abriu minhas pernas violentamente, assim abrindo os botões da sua calça. Eu me levantei e tirei minha calcinha em sua frente, olhando em seus olhos. Estava apenas com o vestido por cima. Lá havia um som ligado, e eu o aumentei, sem que ninguém escutasse nada do lado de fora a não ser o barulho do som.

Deitei o velho na cama e subi em cima dele, assim, deixando ele beijar meu pescoço.

Passei a mão pela minha perna durante aquele beijo melado e nojento, achando meu canivete. Ele me olhou, com uma cara maldosa e fria. Ele tentava tirar sua calça comigo em cima dele, sem sucesso. Ele tentou se levantar, mas eu o prendia com minhas pernas. Eu sorri de lado para ele, então segurei em seu pescoço com força e comecei a apertar. Ele puxou meu cabelo, que saiu com força e ele se surpreendeu ao ver que não era de verdade. Ele tentava me socar. Eu então enfiei o canivete em seu pescoço, o fazendo sangrar e manchando o lindo lençol branco que lá estava deitado. Ele se engasgava com o seu próprio sangue enquanto eu repetia várias vezes o mesmo processo no mesmo lugar, assim o deixando imóvel.

Me levantei de cima do velho, pegando minha bolsa e colocando de volta minha calcinha. Saia daquele quarto com sangue espalhado pelo meu corpo pálido.

Os homens que estavam lá me viram e imediatamente tentaram me atacar, assim correndo rapidamente em minha direção. Chutei a parte íntima do homem que tentaria me socar, pegando sua arma e atirando em sua cabeça, outro me pegara por trás, me prendendo pelo pescoço com seu braço. Dei cotoveladas em sua barriga, assim o enfraquecendo, tirei seu braço de cima de mim e bati sua cabeça contra a parede o deixando cair ali, inconsciente

“Saia daí antes que venha mais homens” Dizia uma voz em meu ouvido

“Por onde eu saio? não posso sair pela porta da frente” Parei, enquanto tentava achar saídas

“Pule a janela, tem uma lixeira lá embaixo, vai amortecer sua queda” A voz masculina disse

“Você quer que eu pule de treze andares em uma lixeira? eu vou morrer!” Fui até a janela e olhei para baixo

“Pule ou irão te pegar” Afirmou a voz “Acredite em mim Ayumi, você não vai querer sair daí morta”

Eu apenas ignorei a voz, peguei uma distância da janela que se encontrava lá naquele corredor, e pulei fechando meus olhos e quebrando os vidros. Tentava não pensar em nada enquanto batia um vento forte em meu corpo. Não se passou muito tempo até que senti meu corpo bater em várias sacolas, pinicando meu corpo....

S.E.V.E.NWhere stories live. Discover now