Sempre gostei de ir à praia.A praia sempre foi um lugar onde me senti à vontade, livre, sem obrigações e deveres.
Quando eu estava feliz, eu ia à praia. Um dia passei em uma prova muito importante, e para comemorar fui a praia. Em todos os meus aniversários eu vou à praia.
Quando eu estava triste eu também ia a praia. Minha avó morreu faz pouco tempo e eu era muito apegada a ela, e por isso depois do enterro fui a praia e la chorei, e chorei, e chorei...
A praia está sempre comigo não importa a situação.
Todos os dias quentes, independente da estação eu ia à praia, principalmente depois da aula, para me sentir mais leve depois de um dia cheio de tarefas e afazeres escolares.
Porém, durante o ensino médio, nem mais tempo para isso eu tinha, últimos anos no colégio são os mais difíceis de passar, além de ter que impressionar faculdades para entrar em uma boa.
Em dias de inverno, não posso ir à praia, pois meus pais não deixam e por causa do frio é claro, mas naquele dia em especial, algo me levara a ir lá, algo mais forte que eu, algo que não pude conter.
Então eu fui.
Era uma sexta-feira início de tarde, e eu tinha acabado de chegar em casa da aula, que foi muito cansativa.
Entrei em meu quarto e coloquei minha mochila em cima da cama de solteiro com edredom lilás e almofadas de cupcakes (como você é madura, hein Valentina).
Fui até o banheiro e entrei no chuveiro em um banho bem quente para me livrar do cansaço do dia e bolar um plano para sair de casa sem meus pais suspeitarem.
Pensei em várias alternativas, e acho que a melhor é dizer que ia dar uma passeada por aí, o que não é uma mentira.
Saí do banho e fui até o meu closet. Escolhi uma calça de malha quentinha, uma blusa de manga comprida e um casaco de lã, além de uma touca que deixava (e ainda deixa) meus longos cabelos loiros caírem em meus ombros.
Me encarei no espelho. Meus olhos verdes estavam com olheiras, que cobri com um pouco de corretivo; passei também um rímel e peguei meu gloss e coloquei na bolsa, junto do meu celular e carteira.
Desci as escadas em direção a cozinha, onde minha mãe faz a comida e meu pai falava ao celular.
Meus pais são as pessoas mais amáveis do mundo, além de pacientes e atenciosos, porém nunca soube por que eles nunca quiseram outro filho e eu sempre quis ter um irmão, mas nunca tive um.
- Oi mãe, oi pai- disse a eles que me olharam com ternura.
- Oi minha filha, onde vai toda arrumada assim? - Disse minha mãe e depois arqueia as sobrancelhas loiras que estão acima de seus lindos olhos verdes.
- Vou dar uma volta por aí- respondi com um sorriso meigo
- Só não me arrume namorado, por favor- disse meu pai em um tom sério.
- Pode deixar papai- Disse a ele, mal sabe o ele que está por vir.
Sentei-me a mesa com ele, enquanto minha mãe termina o almoço; uma deliciosa sopa de carne com legumes, huuummm... adoro.
Minha mãe pediu para que eu pegasse as tigelas de sopa para que fizéssemos nossa refeição. Peguei 3 tigelas, 3 pirex e 3 colheres e sentei em meu lugar. Minha mãe serviu a comida, pegou um pouco de pão e se sentou.
Fizemos nossa oração e começamos a comer. Meus pais falaram sobre as finanças da casa enquanto eu ficava pensando nessa vontade incontrolável de ir à praia.
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Dia de praia e frio
Short StoryPraia... O melhor lugar do mundo.- Valentina Stuart. Valentina é uma adolescente muito meiga e sonhadora que tem uma paixão nem um pouco secreta pela praia. Em dias de inverno os pais dela não permitem que ela vá a praia, para que não corra risco de...