POV JACKSONDroga, Mark! Por que fez isso comigo? Por que correu? O que te fiz? Me explica, onde errei? Não sei pelo que, mas me desculpa! Volta para mim! Não... não me faça sofrer...
Ele se foi. Para onde? Nesse momento ele pode estar na cidade perdida de Atlantida, dando uma volta em um buraco negro, na área 51 com os amiguinhos extra-terrestres dele, na Candyland, Hogwarts, Norta, no distrito treze no meio dos Jogos Vorazes, Nárnia, Polo Sul socializando com pinguins, mas eu nunca vou ter certeza.
Quando ele correu para fora do meu campo de visão voltei para minha casa, lá estava meu pai e o psicólogo Young.
- Animais de estimação ajudam. Talvez a falta de amigos o faça ter alguns delírios da presença de outros seres. A solidão. O que acha Sr.Wang?
- O que acha Jackson?
- O que eu acho? - Avancei - Acho que sou o filho mais desgraçado de todos os tempos! Pai, não sou louco. Aish, ele tinha razão, por que te contei? - me encolhi e fui para o meu quarto.
Os dias seguintes me causaram ansiedade. Esperava ver Kunpimook ou algum deles, mas eles também não sabiam que Mark fugiu. Depois aquilo foi mais tranquilo de encarar, 5 meses, tempo o suficiente para conseguir ignorar o que passei, mas assumo que a única coisa que não teve um dia que eu não pensasse era Mark.
A única coisa que eu tinha era um cravo. O cravo que ele me deu quando o conheci, em cima na minha estante de livros. Tudo parecia monótono, triste, uma parte de mim estava perdida.
A porta encostada fora aberta de repente. Imaginava ser o meu pai, mas era só o vento. Eu jogava vídeo-games naquele momento, minha vida online era bem mais interessante, tinha conhecido muita gente divertida por ali, consegui até um novo amigo que jogava "Dead by Daylight" comigo, o chamava de Woozi. Ele não morava longe, já o encontrara algumas vezes e tinha o chamado para me visitar.
Estava com o corpo adaptado ao escuro e cançado. Optei por abrir as cortinas e as janelas e deixar a luz entrar e tomar um banho.
- Eu sou a morte a luz do dia - Ri para mim mesmo.
Então olhei para além da janela, um movimento estranho no jardim. Fui ver o que era. Quando ia fechar a porta do quarto havia uma mensagem em um post-it: "Estou em uma viajem de emergência, deixei um presente para você no jardim, deixe a casa inteira e não deixa ele entrar"
Quê?
Fui ao jardim e lá vi um cão branco pulando alegre. Seu pelo era liso e seu rosto e fucinho finos. Devia custar muito caro, mas eu não saberia dizer sua raça.
- Animal de estimação, né? - Me abaixei na grama.
O cão parou na minha frente e lampeu meus braços que o acariciavam. Com certeza tinha sido educado a sentar, pegar bola e a obedecer. É lindo o meu novo neném. Obrigado pai.
Meu pai disse para não leva-lo para dentro de casa então brinquei com ele no jardim. Por um momento foi divertido, então me lembrei do sorriso de Mark. Fiquei para baixo e desabafei com o animal.
- Queria que ele tivesse me explicado, queria que ele estivesse aqui... quer saber? Não preciso me iludir nele para ser feliz, não mesmo. Vamos para dentro, é hora do almoço... - Lembrei que ele ainda não tinha nome.
Cocei a cabecinha dele e pensei em alguns nomes. "Nick? Americado demais. Jackie? Original demais. Markson? UHG, NO WAY!".
Meu pai já havia comprado ração e tudo para o conforto dele, mas eu tinha que desobedecer uma regra: "Não deixar ele entrar na casa". Ele que inventou de ter cachorro e conhece o filho que tem, que encare as consequências.
Eu estava subindo as escadas com o cãozinho quando a campainha toca. Fomos até o portão atender então.
- Woozi! Quase me esqueci que vinha. Então, quer jogar ou praticar? - Falei fechando o portão atrás dele. O animal andava bem grudado nas minhas pernas.
- Vamos praticar jogando? Que tal? - Ele riu e entramos para dentro de casa em direção do meu quarto.
- Não sabia que tinha um cachorro.
- Até hoje de manhã, eu também não. - Bufei e entramos no quarto. O cãozinho parecia um pouco desconfiado do Woozi, talvez por ainda não ter o conhecido bem como eu.
- Seu quarto parece um ginásio pokémon. - Ele pegou uma das pelúcias de Squirtle e a abraçou. Aquilo me lembrou Jinyoung. HA!
- Quer dançar e jogar? É isso?
- Você ainda tem Just Dance?
Ficamos conversando e dançando até o rio Nilo de suor se formar em nossos rostos. Nos joganos no chão da varando e olhamos para o céu, ia começar a chover. Woozi dormiria na minha casa, pelo visto não poderia voltar, até porque já estava ficando noite.
- Qual é o nome dele ou dela?
- É macho. Ainda não dei nome.
- Uhuu, deixa eu opinar Jack oppa! - Ele fez um olhar fofo e juntou as mãos em súplica. O garoto já é fofinho, parece um ursinho de 1,65 e ai faz isso...
- Ok, dá um nome.
- Que tal... Coups?
- Aaa... que fofo! *-* - Rimos e abracei o recém-nomeado Coups.
- Anda muito estressado nos últimos tempos, Jack, o que aconteceu?
- É que... - pensei duas vezes antes de contar - eu perdi algumas amizades...
- Realmente entendo, mas acontece que essa guerra é sua, pode optar por chorar em um canto ou simplesmente viver.
- Obrigado Woozi. - Olhei para sua expressão sincera e sorri - Tive uma ideia. Coups, meu bem, vá para dentro, vai chover.
Indiquei meu quarto e ele obedeceu, mas esperou que eu entrasse para dentro ao pé da porta. Consegui fecha-lo do lado de dentro. Só ficou eu e Woozi do lado de fora. Ele sabia o que ia acontecer em seguida se foi um moleque desobediente quando criança. BANHO DE CHUVA!
A chuva, porém, não estava muito forte, estava leve caindo em nós, pequenos pingos, mas em grande quantidade. Perfeito.
- Não te acho muito estranho, também acredito neles. Nos seres sobrenaturais. Dos meus sonhos, conheço alguns. Vernoon... um vampiro que adora encrenca. Um bom amigo.
Parei por um momento. Tinha esquecido que contei para ele sobre os garotos, ele prometeu me contar sua opnião sobre, quando nos vissemos. Talvez eu não seja o único louco.
- Está brincando comigo?
- Não.
Ele estava sério de repente. As gotas de água estavam caindo das pontas do seu cabelo e aterrissando em seu rosto.
- Pensei que eu fosse louco. Me achavam louco por acreditar. Só por pensar... Vernoon, Hoshi, Jeonghan, Wonwoo e Boo. Imaginários ou não. Ótimos amigos, até me deixarem. Até eu parar de vê-los, até eu crescer. - Com isso concluí que ele não estava mentindo.
- Kunpimook, JB, Jinyoung, Youngjae, Yugyeom e... Mark. Também bons amigos, até me deixarem, mas não são sonhos, eles existem mesmo.
- Acho que simplesmente acontece...
Então ele bufou e deixou uma lágrima frustrada cair. Saudades. O abracei, e ficamos assim até a chuva sessar.
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Hey yo !!Queria dar "obrigadas" especiais para ibixscoita q sempre acompanhou a fanfic vc e meu grande incentivo
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o lago enferrujado (finalizada)
FanfictionSinopse: Estava sentado no sofá olhando para teto novamente. Monótona vida de filho de cientista. Meu pai tentava me convencer a ver o céu na escuridão, mas naquela noite eu vi algo na escuridão, da terra. Um grupo de pessoas caminhando na bei...