Eidon: O Planeta Morto

Capítulo 1:

 Eu sei que parece estranho, ter um outro planeta nesse universo, com seres que se assemelham caracteristicamente com vocês, humanos. Parece besteira, mas somos iguais vocês, ou quase.

 Sim, fisicamente eu sou igual a você, porém ganhei uma mutação, graças a um grupo do meu povo, mas se eu lhes contar agora, ficarão confusos e não acreditarão em mim.

Pois bem, nós do Planeta Eidon, somos como vocês terrestres, somos seres humanos, até mesmo respiramos o mesmo ar de vocês, bebemos água como vocês e nos alimentamos de comidas parecidas com as suas.

 Aqui em Eidon, somos quase um povo pacífico, dificilmente há uma guerra interna, e não tivemos até então contatos com algum extraterrestre, ao menos não nós do Distrito 35. Nosso planeta é separado por 42 distritos, sendo que o Distrito 1 é a nossa capital, onde as pessoas mais inteligentes vivem e planejam nossa sobrevivência, eu quero ser promovido para lá, é meu maior sonho.

O Distrito 35, por ser um dos últimos distritos, é um dos mais desprezados pelos grandes, isso faz ver todos os dias, muitas pessoas com olhares de tristezas perambulando pelas estradas de terra. Aqui vivo com meus pais, Amanda e Roberto Stanley (sim, nossos nomes são normais.), minha irmã mais nova, Prya Stanley de apenas oito anos, e meu irmão e eu, que somos gêmeos idênticos, caso raro aqui em nosso planeta, fato tão grandioso que chegamos a receber visita de pessoas importantes do Distrito 10, a maior façanha de nosso distrito. 

Antes que esqueça, sou o mais velho dos gêmeos, me chamo Jhon Stanley e meu irmão de dois minutos mais novo, Orion Stanley, o cara mais popular do nosso distrito, nós estamos com doze anos.

 Embora sejamos idênticos, nossas atitudes são extremamente contrárias, enquanto meu irmão se destacou toda sua vida em brigas, atletismos, garotas. eu fui mais calmo, ganhando destaques em debates para um desenvolvimento de nosso planeta, provas perfeitas, batalhas vencidas em jogos de estratégia de meu planeta, cheguei a tirar notas melhores de alguns alunos de distritos superiores ao nosso, como o Distrito 20. Eu almejo uma promoção, para poder crescer e chegar no Distrito 1 e poder ajudar todos de nosso planeta, não só os mais ricos.

Sempre tive facilidade com provas de cálculos, história, geografia ou biologia, meu irmão não, ele sempre me pedia uma cola, eu sempre o negava. O resultado é que ele em todo fim de ano, ele precisava fazer reforço para tentar passar de série, e minha mãe me obrigava a ensiná-lo, e ele sempre passava por um fio.

 Na nossa casa, meu irmão era o preferido de meu pai, obviamente por ter seguido seus passos, o esportista da família, já o preferido de minha mãe era a minha irmã mais nova, Prya e logicamente a minha preferida, onde passávamos horas estudando, ela sempre me olhava com admiração e sempre confiava em mim. E eu sempre a protegeria...

 Nosso Distrito, ou melhor dizer, cada distrito possuía apenas uma escola, pois cada um havia em média de vinte mil habitantes, e todos deveriam cursá-la antes de ter uma profissão em nosso distrito. Se terminasse muito bem, você poderia ser promovido para um distrito superior, se terminasse muito mal, independentemente de quem for sua família, você era rebaixado para um distrito inferior, e cada vez mais baixo, até mesmo as pessoas mudavam. nem parecíamos um povo civilizado e culto.

 Para que isso nunca aconteça em nossa família, eu ajudava meu irmão nos reforços, aguentar ele cinco horas por dias depois de ter negado o ano inteiro de lhe dar cola, era mais difícil a cada ano.

 Por mais que eu fosse muito mais inteligente que ele, eu o admirava, ele sempre esteve com um sorriso no rosto, e em sua volta estava cheia de amigos, eu nunca fui tão amigável como ele, embora que às vezes ele me obrigava a falar com seus amigos ou a ficar por perto quando ele estava dando em cima de garotas do grupo de debate.

 Nossas vidas estavam encaminhadas para tudo ser perfeito, eu promovido e meu irmão popularmente conhecido, até eu aprender que não podemos controlar o tempo, o destino.

 Não havia alarmes de guerra, Eles simplesmente chegaram, explodiram todo o Distrito 13, não houve sobreviventes.

 Amigo o amiga, não sejam tolos em perguntar que fez isso, muito menos em querer vingá-los, nós os conhecemos da pior maneira possível. Uma nave extraterrestres chegaram de forma invisível, que nenhum sensor os detectou, quando chegaram perto começaram a atirar raios ultravioletas, e tudo começou a se explodir.

 Mas se engana se pensar que foram várias que nos atacaram, foi só uma. Rapidamente o Distrito 1 foi contactado e enviou várias frotas aéreas que destruíram a nave e levaram o alienígena para uma base secreta no Distrito 1.

Nunca mais existiu  o Distrito 13, em homenagens a todos os mortos naquele ataque alienígena, e o luto durou uma semana, com todos os demais distritos erguendo uma bandeira negra.

 E enquanto nossos líderes extraiam informações do  alienígena, nós fomos forçados a continuar a viver nossa vida pacata, mas estava claro nos olhos de todos, os sentimentos de tristeza, foi substituído pelo medo, o maior medo que um humano pode ter, a morte.